O que até segunda-feira (13) era objeto de mera reflexão por parte do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, agora é alvo de decisão consolidada. Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, será demitido ainda nesta terça-feira (14) do cargo de treinador da seleção brasileira. No pacote da degola será incluído o coordenador Gilmar Rinaldi. A dupla deixa o comando da seleção depois da vergonhosa eliminação da equipe na Copa América Centenário, ainda na fase de grupos.
Del Nero, segundo notícias de bastidor, deve reunir-se com o também gaúcho Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, atual treinador do Corinthians e que já recusou convite para dirigir a seleção brasileira. O encontro deve acontecer ainda nesta terça.
A possível chegada de Tite ao comando da seleção ainda está no campo da especulação, mas há quem garante que o treinador alvinegro aceitaria o desafio sob determinadas condições. A primeira delas é um salário mensal de aproximadamente R$ 1 milhão. É importante destacar que o presidente do Corinthians, Roberto Andrade, muito antes da desclassificação da seleção, havia dito que dinheiro não seria problema para manter Tite no clube.
Tite também teria feito pelo menos mais duas exigências: não interferência de dirigentes e empresários nas convocações e garantia para levar à CBF a sua equipe de trabalho – a mesma que está com ele no Corinthians.
O eventual novo treinador da seleção brasileira tem uma carreira brilhante e é considerado um dos melhores do País, mas aceitar conviver com pessoas envolvidas em escândalos de corrupção é um detalhe que pode pesar na decisão de Tite.
O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está em prisão domiciliar em Nova York por conta de escândalos de corrupção, enquanto que o atual dirigente da entidade, Marco Polo Del Nero, não pode sair do Brasil sob pena de ser preso pela Interpol, a pedido do FBI.
