Alvo de críticas de parlamentares, a memória de Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) é péssima e refém do oportunismo barato. Defensora fanática do mais catastrófico governo da história nacional, do qual, aliás, participou como chefe da Casa Civil, a senadora paranaense dá-se ao desplante de criticar a gestão interina de Michel Temer, que tenta limpar as devastadoras lambanças deixadas pelo PT.
Na segunda-feira (13), Gleisi foi à tribuna do Senado definir como “aberração” a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com objetivo de limitar o aumento de gastos do Orçamento, que deve ser apresentada pelo presidente interino. Para a petista, a proposta, que limitaria o aumento de gastos anuais ao índice inflacionário do ano anterior, agride a Constituição e os direitos do povo brasileiro ao tornar oficial o calote orçamentário e a redução nos investimentos sociais.
O discurso nem parece ser da representante de um partido que quebrou a Petrobras, produziu 12 milhões de desempregados, trouxe de volta a inflação e arruinou a economia. Denunciada por cinco delatores da Operação Lava-Jato por ter recebido propina do esquema criminoso conhecido Petrolão, Gleisi, que já foi indiciada, juntamente com o marido (Paulo Bernardo da Silva), por corrupção passiva, age como inimputável.
A senadora também questionou os critérios para colocar em prática as novas regras, que, na sua avaliação, obrigarão os aposentados, os mais pobres e os dependentes do SUS a pagarem a conta dos juros da dívida. A petista contrastou a nova PEC com a reivindicação popular por mais recursos para a saúde e a educação, não sem antes sublinhar que o programa de governo de Michel Temer jamais seria aprovado nas urnas.
“A começar por aqui, nós vamos ter uma tragédia social. Não há economia que melhore numa tragédia social. Se nós tivemos um pouco de melhora na economia deste país, é porque a gente garantiu um mínimo de renda a quem poderia consumir internamente”, disse a parlamentar paranaense.
O senador por Mato Grosso, José Medeiros (PSD) usou a palavra para rebater as declarações de Gleisi Hoffmann (PT), que disparou contra os primeiros trinta dias do governo do presidente interino Michel Temer.
Ácido em seu discurso, Medeiros disse que a senadora tinha “memória curta”, pois estaria esquecendo-se do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), afastada no vácuo do processo de impeachment e aguardando decisão final sobre o tema.
“A senadora já está com memória fraca. Ela já esquece que Dilma somente ganhou as eleições porque vendeu um paraíso, um eldorado, na campanha de 2014, na mais deslavada das mentiras registradas na história do Brasil. Aquela campanha sim foi verdadeiramente um golpe”, disparou Medeiros, que é membro da Comissão Especial do Impeachment no Senado.