Senador pelo Democratas de Goiás e líder do partido no Senado Federal, Ronaldo Caiado defendeu, nesta quarta-feira (15), que as pastas da Saúde e Educação precisam de atenção especial na proposta de emenda à Constituição que prevê um teto nos gastos públicos.
Após reunião de líderes do Congresso Nacional com o presidente interino Michel Temer e a equipe econômica do governo, Caiado falou com os jornalistas e ressaltou a necessidade de não padronizar os limites de gastos em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional.
“Passar a ter um patamar de reajuste padrão sobre toda a estrutura da máquina não seria correto porque existe funções essenciais, como Educação e Saúde, e existem alguns penduricalhos que não deveriam mais existir. A matéria ainda está aberta e caberá ao Congresso readequar essa PEC dentro da necessidade desses dois setores”, explicou Caiado.
Para o senador, a garantia de que a PEC deve valer por 10 anos a partir de 2017 é uma sinalização de uma política econômica de Estado a longo prazo, o que traz segurança para os investimentos.
“A sociedade vai entender que precisamos de uma definição de longo prazo. Não adianta nada essa operação tapa-buraco que foi feita pelo governo anterior. É preciso definição para recuperar a credibilidade com aqueles que vão gerar empregos no país”, explicou.
Congresso
Ronaldo Caiado elogiou a iniciativa de delegar ao Congresso Nacional um maior papel na construção da reforma fiscal que vai prever um teto orçamentário. “Está definido que será também prerrogativa do Congresso a distribuição desse orçamento e vamos ter que saber priorizar aquilo que é mais importante: saúde, educação, segurança e infraestrutura”, disse.
Governança em ação
Não se pode negar a importância de garantir investimentos cada vez maiores na Educação e na Saúde, até porque esse binômio é que garante o futuro de qualquer nação, mas é preciso que as autoridades passem a monitorar os gastos públicos em ambas as áreas, pois o Brasil é o paraíso do desperdício de recursos oficiais.
Considerando-se os orçamentos atuais de ambas as pastas, a educação e a saúde públicas deveriam estar em um patamar muito melhor do que o atual, cenário que remete com facilidade a países pobres e subdesenvolvidos.
No momento em que o País conseguir estancar a corrupção sistêmica e otimizar o gasto do dinheiro público, ações absolutamente viáveis, por certo a população perceberá uma rápida e sensível melhora na educação e na saúde.
Tirante a importância dos investimentos oficiais, o controle de gastos e o ajuste fiscal são condições primordiais para o restabelecimento da economia e a retomada da confiança dos investidores. Sem esforço por parte dos cidadãos nenhum país sai do atoleiro da crise. Como os brasileiros ficaram em berço esplêndido durante os treze anos de lambanças petistas, a conta chegou, como era esperado.