De acordo com informação de um parlamentar da União Europeia, a segunda língua mais falada no planeta e principal idioma de trabalho de instituições do bloco econômico, o inglês pode não ser mais uma língua oficial da região quando o Reino Unido deixar a UE.
A medida simbólica, porém pouco prática, pode reduzir ainda mais a influência de Londres no continente, ao mesmo tempo em que deve enfurecer os irlandeses.
Cada Estado-membro tem o direito de nomear um idioma para a UE. Embora o inglês seja a língua mais falada na Europa – e idioma oficial em três países-membros –, apenas o Reino Unido a escolheu legalmente em Bruxelas. A Irlanda escolheu gaélico e Malta, o maltês.
“Inglês é nossa língua oficial por ter sido notificada pelo Reino Unido. Se não tivermos o Reino Unido, não temos inglês”, afirmou Danuta Hubner, presidente do Comitê de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu em uma entrevista coletiva sobre as consequências legais do referendo britânico para deixar a UE.
O Inglês deve permanecer uma língua de trabalho, mesmo se não for mais oficial, destacou Danuta, acrescentando que mantê-la com status oficial exigiria um consentimento de todos os Estados-membros.
Alternativamente, as regras podem ser alteradas para permitir que países tenham mais de uma língua oficial, segundo ela.
