O senador Bernie Sanders declarou, nesta terça-feira (12), apoio à campanha de Hillary Clinton, sua rival nas primárias do Partido Democrata. O anúncio aconteceu após o então pré-candidato ter resistido a endossar a campanha de Clinton para exercer pressão sobre o conteúdo programático do partido.
Depois de semanas de intensa negociação, tudo indica que os democratas conseguiram unificar-se para enfrentar o candidato republicano, Donald Trump, nas urnas de novembro próximo, quando os estadunidenses escolherão o próximo morador da Casa Branca.
“Hillary Clinton ganhou as primárias, e eu a parabenizo por isso. Ela será a indicada democrata para a presidência, e farei todo o possível para que seja a próxima presidente dos Estados Unidos”, afirmou Sanders no primeiro ato de campanha conjunto, na cidade de Portsmouth, no estado de New Hampshire (leste dos EUA).
Ameaça de Donald Trump
Durante o evento, o senador pelo estado de Vermont alertou para os riscos de uma possível eleição de Trump à Casa Branca. “Se alguém pensa que essa eleição não é importante, pare para pensar nos juízes que Donald Trump vai nomear para a Suprema Corte e o que isso significa para as liberdades civis, a igualdade de direitos e o futuro do nosso país”, disse Sanders.
Depois de uma longa batalha com Sanders, a ex-secretária de Estado garantiu o número suficiente de delegados para assegurar a indicação do Partido Democrata. O presidente norte-americano, Barack Obama, que também declarou apoio a Clinton, participou ao lado dela de um comício na Carolina do Norte, na última semana.
O apoio de Bernie Sanders ainda não garantiu nenhuma contrapartida por parte de Hillary, mas sabe-se que a campanha da candidata democrata terá de acrescentar ingredientes socialistas para atender aos 13 milhões de americanos que nas primárias optaram pelo senador. (Com agências internacionais)