Protesto com bandeira gigante e em favor da Lava-Jato marca a passagem da tocha olímpica por Curitiba

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Um protesto contra as ações que tentam inviabilizar a Operação Lava-Jato marcou a passagem da tocha olímpica por Curitiba, na manhã desta quinta-feira (14). Uma gigantesca bandeira, com as cores do Brasil e a inscrição “Lava Jato”, seguiu o cortejo do fogo olímpico. A iniciativa é do movimento anticorrupção “Mais Brasil Eu Acredito”. Militantes do movimento empunhavam versões estilizadas da tocha olímpica, denominadas “Tocha da Justiça”.

A tocha olímpica saiu do Museu Oscar Niemeyer e seguiu por Curitiba até a Pedreira Paulo Leminski. Foi carregada por atletas paranaenses consagrados, como o alpinista Waldemar Niclewicz e o campeão olímpico de vôlei de praia Emmanuel.

“Nossa manifestação não é contra o evento esportivo, nem contra o espírito olímpico. Ainda que a oportunidade dessa festa, em um momento de gravíssima crise econômica e ética do país, seja muito discutível”, diz Rafaela Pilagallo, porta-voz do “Mais Brasil”.

“Nossa manifestação é em favor da Lava Jato, do saneamento ético do país. Estamos assistindo com preocupação a uma série de iniciativas para bloquear ou inviabilizar a Lava Jato. O povo está mobilizado e não vai aceitar qualquer tipo de manobra neste sentido. Esse é o recado da nossa manifestação”, completou.


Curitiba tornou-se cidade-símbolo do conjunto de investigações que vem promovendo importante saneamento ético na classe política e na vida pública, cenário sem o qual o País dificilmente conseguirá sair do atoleiro em que se encontra.

Sede da Lava-Jato e base do juiz Sérgio Moro, que nos últimos dois anos vem autorizando a prisão dos envolvidos no maior esquema de corrupção da história, a capital paranaense transformou-se no terror daqueles que de forma acintosa assaltaram os cofres da Petrobras e de outras empresas públicas, como se o suado dinheiro do contribuinte nada valesse.

O avanço da Operação da Lava-Jato, que se aproximou de maneira definitiva de políticos graúdos, tem provocado fortes reações. Entre as quais, um projeto que versa sobre “abuso de autoridade”, que é considerado pela magistratura nacional como uma retaliação às investigações.

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