Rio-2016: representantes da ABIN estão em Paris para discutir ameaças terroristas

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Uma delegação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) desembarcou em Paris para participar de reuniões de trabalho com representantes do governo francês, que começam até quinta-feira (21). Os jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam no próximo dia 5 de agosto, tornou o Brasil vulnerável à ameaça terrorista. De tal modo, a troca de informações com os franceses poderá levar o País a rever sua estratégia, mesmo que em cima da hora.

A delegação que viajou à capital francesa é formada pelo Diretor de Contraterrorismo da ABIN, Luiz Alberto Santos Sallaberry, o coordenador de Análise, Ronaldo Zonato Esteves, e o coordenador-adjunto do Centro Integrado Antiterrorismo, Camilo Graziani Caetano Paes de Almeida.

Na terça-feira (19), o governo da França desmentiu a existência de um plano do grupo terrorista “Estado Islâmico” para perpetrar um atentado contra sua delegação durante os Jogos Olímpicos. A ameaça foi citada na última semana pelo general Christophe Gomart, diretor da Inteligência Militar francesa durante audiência no Congresso. Segundo ele, em documento enviado ao Ministério da Defesa brasileiro, verificou-se que a informação era falsa, e por isso o país não foi alertado.


“Ameaças serão tratadas de forma integrada”

Em comunicado, divulgado na terça-feira (19), a ABIN informou que “todas as ameaças relacionadas aos Jogos Rio 2016 são tratadas de forma integrada pelas unidades especializadas de enfrentamento ao terrorismo dos três eixos: Inteligência, Segurança Pública e Defesa.” As ameaças, ressalta o comunicado, são “minuciosamente apuradas”, em particular as relacionadas ao terrorismo.

Na última sexta-feira (15), o ministro da Justiça, Raul Jungmman, já havia anunciado que o Brasil enviaria autoridades ao país europeu para obter informações sobre o atentado de Nice, que deixou pelo menos 84 mortos e mais de 200 de feridos. O governo brasileiro reforçará o esquema de segurança durante a Rio-2016 depois da tragédia. O número de revistas e os controles de acesso serão mais acirrados. Cerca de 85 mil militares foram destacados para garantir a segurança nos Jogos. (Com RFI)

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