Lava Jato: Lula, Delcídio e mais cinco são denunciados pelo Ministério Público por obstrução à Justiça

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Para quem pensa que Luiz Inácio Lula da Silva escapará ileso do maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, a Justiça começa a mostrar o contrário. Até porque, como prega a Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. Considerando que o lobista-palestrante é um reles cidadão, a ele cabe responder por seus atos.

Nesta quinta-feira (21), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça de Brasília o ex-presidente Lula da Silva, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor parlamentar Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho e Maurício Barros Bumlai (filho do pecuarista). Eles são acusados de agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato.

O caso já havia sido denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro de 2015. Contudo, em decorrência da perda do foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, do ex-senador Delcídio Amaral e também pelo fato de o crime ter ocorrido em Brasília, a denúncia foi enviada à Justiça Federal do Distrito Federal.


Desta forma, o MPF do Distrito Federal foi acionado para se manifestar sobre a ação penal e concluiu pela confirmação integral da denúncia prévia do PGR. Além de confirmar os elementos apresentados, o procurador da República Ivan Cláudio Marx faz acréscimos à peça inicial, com o objetivo de ampliar a descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados. Os crimes apontados estão previstos nos artigos 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013, art. 357 do CP e art. 355 do Código Penal.

Alarife profissional e responsável pelo período mais corrupto da história nacional, Lula começa a enfrentar os efeitos colaterais de uma administração fanfarrista e voltada à pilhagem oficial, como se os cofres das estatais fossem o cofrinho de louça que fica em cima da cômoda.

Os advogados do ex-presidente por certo usarão dos mais ardis artifícios para tentar provar a inocência de um culpado conhecido e quase confesso, mas nada há de mudar o rumo do ordenamento jurídico, que, com base no respeito à lei, acabará por condenar o outrora lobista da Odebrecht.

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