Gleisi vai a outro assentamento do MST usando lenço que custa 13 vezes o valor do Bolsa Família

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Diga-se o que se quiser a respeito da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), mas uma coisa é incontestável: trata-se de uma política que tem enorme dificuldade para aprender com os próprios erros.

Apesar de ter chegado ao Senado Federal à sombra de bandeiras feministas e de defesa da mulher, Gleisi levou para a Casa Civil, na condição de assessor especial, um pedófilo conhecido, Eduardo Gaievski, acusado de estuprar dezenas de menores e vulneráveis. Entregou a esse assessor o comando das políticas do governo federal para crianças e adolescentes, tudo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”. Gaievski foi condenado há mais de cem anos prisão, podendo ser condenado a pena semelhante em termos de tempo por causa de outros processos a que responde. Mesmo assim, Gleisi nada aprendeu com esse grave episódio.

Não obstante, a senadora, que comanda o PT no Paraná, indicou para disputar a prefeitura de Curitiba, pelo seu partido, o deputado estadual Tadeu Veneri.

O parlamentar conquistou o coração de Gleisi ao agredir, na frente da senadora, no “plenarinho” da Assembleia Legislativa do Paraná, uma manifestante que abriu um cartaz criticando as cirurgias plásticas da petista (“Gleisi: tuas plásticas melhoram tua aparência, mas não melhoram teu mau caráter”).

Durante evento, Tadeu Veneri deixou a mesa de honra (sic) e expulsou a mulher à força, provocando a eterna gratidão de Gleisi. A senadora, apesar de todas as evidências, costuma se irritar profundamente quando questionada sobre o tema. Além de violento com mulheres, Veneri acaba de ser condenado a devolver R$ 390 mil por desvios de verbas.


Mas a vocação para o erro repetido continua sendo mais forte que a senadora. Na última semana, Gleisi visitou um assentamento do MST (assentamentos de sem terra é um dos poucos lugares onde não é vaiada) e, na ocasião, exibia no pescoço um ostensivo lenço da famosa grife Louis Vuitton.

Na quinta-feira (21), a senadora foi a outro assentamento, desta vez usando lenço da cara e cobiçada grife de acessórios de moda. O adereço é uma afronta aos sem-terra, pois, além de ser um símbolo do luxo e do desperdício capitalista, custa o equivalente a 3 salários mínimos ou treze vezes o valor do benefício do programa “Bolsa Família”.

Em seu relato sobre passagem pelo assentamento, não menciona o lenço que, no entanto, é perfeitamente visível nas fotos:

“Em Quedas do Iguaçu, visitei o Assentamento Celso Furtado, onde vivem cerca de 1.200 famílias. O governo Dilma implantou duas Unidades de Saúde para atender a população e mais uma está em construção. A comunidade ainda conta com atendimento do programa Médico da Família. Também estão sendo construídas três escolas com recursos do governo federal. Segundo o vereador Claudemir Torrente Lima, outros programas ajudaram a melhorar a qualidade de vida da população, como o Luz para Todos e Patrulhas Agrícolas. Fiquei feliz em conversar com os moradores e ver que as famílias estão tão bem organizadas e produtivas.”

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