Faltavam poucos dias para o início dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando o gazeteiro Luiz Inácio da Silva, então presidente da República, afirmou, a reboque de sua conhecida mitomania, que, encerrado o evento esportivo, a capital fluminense teria o melhor e mais eficaz sistema de segurança pública do País.
Quase dez anos se passaram e nada do que foi prometido aconteceu. Ao contrário, a situação da segurança pública no Rio de Janeiro transformou uma das mais importantes cidades brasileiras em um faroeste caboclo. Isso porque o crime organizado continua dando as ordens na cidade, como se não existisse o Estado.
Com a conivência criminosa dos governos petistas com o tráfico de drogas e de armas nas fronteiras, qualquer grande cidade brasileira está fadada a conviver com o mando de marginais experimentados e que fazem inveja às mais ousadas organizações mafiosas. Para provar que as nossas repetidas e continuas críticas têm razão de ser, atletas chineses experimentaram nesta quarta-feira (4) o terror vivido diariamente pelos cariocas.
A delegação de basquete masculino da China ficou presa em meio a um tiroteio próximo ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o canal “SporTV”, o ônibus que levava os atletas, a comissão técnica da seleção do país e jornalistas chineses acabara de deixar o Aeroporto Internacional Tom Jobim – bom e velho Galeão – quando foram surpreendidos por intensa troca de tiros entre marginais nas linhas Vermelha e Amarela, vias expressas que dão acesso à Cidade Maravilhosa.
Os atletas chineses usaram as redes sociais para relatar a gravíssima situação, com direito a fotos de vendedores ambulantes deitados no chão para se protegerem dos tiros.
A Polícia Militar e a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça informaram que ainda apuram o ocorrido.
A seleção chinesa integra o Grupo A do basquete masculino do Rio-2016 e estreará, às 19 horas do próximo sábado (6), contra a forte e favorita equipe dos Estados Unidos. Na mesma chave estão Austrália, França, Venezuela e Sérvia.
Por ocasião da prisão dos suspeitos de ligação com a organização terrorista “Estado Islâmico”, autoridades afirmaram, com pompa e circunstância, que a segurança no Rio de Janeiro estava reforçada e que os Jogos Olímpicos ocorreriam sem qualquer incidente.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a dizer que, durante os Jogos, o Rio seria a cidade mais segura do mundo. Como o conceito de segurança do alcaide carioca é desconhecido, o melhor a se fazer é não acreditar nessa falsa profecia, pois o crime organizado, ao contrário das autoridades, normalmente cumpre o que promete.
Quando veio à tona a discussão sobre possíveis atentados durante a Olimpíada, o UCHO.INFO alertou que o mais importante era conter as ações dos criminosos que fazem do Rio uma terra sem lei. E lembramos que eventuais terroristas já estariam sob a guarda do crime organizado. Resumindo, ficou provado que o Rio, em termos de segurança, está longe de ser o chamado “negócio da China” e que Lula mente não é de hoje.