O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que “nunca mais” gostaria de ver o movimento olímpico passando por um teste de estresse como ocorreu no Rio de Janeiro. A declaração foi dada ao final do Congresso do Comitê, que por três dias tratou da situação da Rio-2016 e do movimento olímpico.
Durante a coletiva de imprensa, Bach defendeu o modelo financeiro do COI que, apesar da recessão no Brasil, apresentou uma renda recorde entre as outras olimpíadas. “Se esse modelo passou por esse teste de estresse aqui, isso significa que ele é mais que robusto. A crise no Brasil é talvez a pior da história. É uma crise de estado, social, econômica. Existem desafios na saúde, no meio ambiente. Em todos os lugares que você olha, existe uma crise profunda”, ressaltou.
“Apesar disso tudo, esse comitê e a cidade transformaram a cidade e vão realizar os Jogos. O COI sempre se mostrou solidário. Nem sempre foi fácil e não está sendo fácil agora que falamos”, admitiu Bach.
“Podemos dizer que o modelo financeiro dos Jogos sobreviveu a esse teste de estresse e espero que jamais tenhamos de enfrentar isso de novo no futuro”, declarou, garantindo que iria continuar a mostrar solidariedade.
Se Thomas Bach ainda não compreendeu a enfadonha e burra filosofia que impera no Brasil, que aguarde até a abertura dos Jogos, que acontece às 20 horas desta sexta-feira (5), no Estádio Mário Filho, o bom e já não mais velho Maracanã.
Falando sobre o curto orçamento para a cerimônia de abertura – menor do que os eventos que deram início às últimas edições dos Jogos –, os diretores e produtores da cerimônia informaram que o espetáculo apostará em projeções, criatividade e no “espírito da gambiarra”. E que esse conjunto permitirá que o evento seja lembrado como uma cerimônia “cool”.
No momento em que a tal da “gambiarra”, algo tipicamente brasileiro, é alvo de homenagem em evento que custou R$ 40 bilhões ou mais, só resta pensar que há algo muito errado na organização dos Jogos Olímpicos de 2016.