Dor no peito não é único sinal de infarto; quanto antes procurar um hospital, menores os riscos

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As doenças cardiovasculares são líderes em morte no planeta, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre elas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal.

A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final.

Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes e infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.

O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas “entupir” – que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe – o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for restabelecido a tempo, o tecido morre.

A dor do IAM é uma sensação que não é bem definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, há muita frequência apresentações menos características, como dor no queixo, dor nas costas etc.


As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas: vômitos, suor frio, fraqueza intensa, palpitações e falta de ar.

Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível, visto que após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Em municípios com disponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o SAMU, vale a pena acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, tem de buscar um acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até um hospital de emergência. É imprescindível evitar dirigir com suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no início do quadro, colocando não só o paciente em risco, como os outros.

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