De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadas nesta terça-feira (9), os confrontos pelo controle da cidade de Aleppo já deixaram dois milhões de pessoas sem acesso à água corrente e energia elétrica na Síria.
A afirmação é de dois funcionários da ONU, Yacoub El Hillo e Kevin Kennedy, em comunicado que relata a gravidade da situação na cidade síria. A falta de serviços básicos na região representa um grande risco de doenças, principalmente para as crianças.
O alerta acontece no momento em que ativistas sírios afirmam que aviões do governo têm bombardeado posições rebeldes na cidade. Diante do cenário de caos, a entidade pediu uma “pausa humanitária” urgente para que se seja feita a entrega de alimentos e suprimentos médicos.
A trégua solicitada pela ONU é necessária para que técnicos consertem redes elétricas que levam água às estações de bombeamento, seriamente danificadas durante conflitos na última semana.
No último sábado (6), rebeldes conseguiram romper um cerco governamental de um mês de duração ao leste de Aleppo, maior cidade e coração comercial da Síria. O avanço cortou o principal corredor de suprimento do governo rumo à região, o que elevou consideravelmente o número de civis sem suprimentos básicos para a sobrevivência.
Não está claro se os rivais conseguirão novos avanços, mas as vitórias deles são um revés para a confiança do governo sírio, que tem apoio aéreo da Rússia. Para que as pessoas possam ser ajudadas, a ONU pediu por um cessar-fogo total ou ao menos uma pausa de 48 horas por semana.