Julian Assange, fundador do WikiLeaks, revelou que divulgará novos documentos envolvendo a candidata democrata, Hillary Clinton, que podem ser “significativos” para a eleição presidencial norte-americana.
Em entrevista concedida, na quarta-feira (24), à rede de televisão Fox News, Assange disse que o WikiLeaks está analisando milhares de páginas de material. Ele está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012, enquanto enfrenta um pedido de extradição.
Uma série de documentos de várias instituições que estão associados com a campanha eleitoral renderam “alguns ângulos bastante inesperados, que são muito interessantes, alguns até divertidos”, destacou Assange, que ainda enfatizou que os documentos serão divulgados antes das eleições de 8 de novembro.
Ao ser indagado se o vazamento seria um divisor de águas para a votação, disse: “Acho que é significativo. Depende de como ele incendiará o público e os meios de comunicação”.
Antes da Convenção Nacional Democrata (DNC), realizada em julho, o WikiLeaks divulgou cerca de 20 mil e-mails recolhidos por hackers que aparentemente invadiram as contas de sete líderes democratas.
Os e-mails mostraram que os supostamente neutros líderes do partido estavam tentando minar a campanha do pré-candidato democrata Bernie Sanders e levaram à renúncia da líder do Partido Democrata, Debbie Wasserman Schultz.
“No caso dos vazamentos do DNC, por exemplo, os lançamos o mais rápido que pudemos para tentar fazer isso antes da Convenção Nacional Democrata, obviamente porque as pessoas têm o direito de saber em quem estão votando”, explicou Assange. “O mesmo ocorre aqui para o processo eleitoral dos Estados Unidos”, acrescentou.
Julian Assange, de 45 anos, está há cinco anos na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia, onde responde supostos crimes sexuais, os quais nega.
Ele afirma que o pedido sueco é uma manobra para ser entregue aos Estados Unidos, onde teme ser condenado por ter vazado em 2010 através do WikiLeaks cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre o Iraque e Afeganistão, além de 250 mil comunicados diplomáticos que constrangeram Washington.