Jorge Viana, o caudilho acreano, protagoniza o primeiro espetáculo pós-impeachment

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Que ninguém pense que o impeachment da agora ex-presidente Dilma Vana representa a senha para solucionar todos os problemas do País. Da mesma forma não se deve imaginar que o peemedebista Michel Temer terá vida fácil de agora em diante. Infelizmente, política no Brasil é negócio e por causa disso os interesses da nação ficam sempre em segundo plano, na melhor das hipóteses.

Em países sérios, onde o compromisso dos políticos com as questões nacionais é algo quase inviolável, os traumas de um impeachment seriam minimizados, na medida do possível, com medidas em prol do avanço da nação.

No Brasil, ao contrário do que imaginam os incautos, a crise múltipla que devasta o País apenas entrou em nova e conturbada fase. Com muitas medidas a serem adotadas para tentar tirar o Brasil do atoleiro, Temer precisará trazer da China, onde nas próximas horas participará do encontro do G20, algum energético milagroso, pois em plagas verde-louras a batalha não será fácil.

Vencido o julgamento do impeachment, que despejou o PT do poder central, e horas após a viagem do presidente da República ao país asiático, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cumprindo o prazo determinado pela legislação, entregou ao Congresso a projeto orçamentário de 2017. Diante da ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que acompanhou Temer na viagem a Pequim, o ministro decidiu entregar o documento ao segundo vice-presidente da Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).

O que aparenta ser uma sequência normal de fatos foi o bastante para o petista Jorge Viana (AC), primeiro vice-presidente do Senado, protagonizar um espetáculo típico de vedete de cabaré. Viana determinou o cancelamento da recepção do projeto orçamentário e obrigou que o mesmo fosse entregue a ele, como se o caudilhismo que reina no Acre valesse no Parlamento brasileiro.


Debaixo de um falso “bom mocismo”, Jorge Viana é um dos artífices do projeto criminoso de poder do PT que naufragou junto com a “companheira” Dilma Vana. Dono de fala mansa, o senador acreano crê que sua retórica modulada engana aqueles que conhecem as entranhas da política federal.

Se o propósito era causar a primeira confusão pós-impeachment, Jorge Viana conseguiu, mas o fez à sombra de clara demonstração de falta de conhecimento das questões parlamentares. O Orçamento da União é assunto pertinente ao Congresso Nacional, não ao Senado, o que exigiria que o documento em questão fosse entregue a alguém da Mesa Diretora bicameral. Como Calheiros estava voando rumo à China, o projeto orçamentário deveria ter sido entregue ao deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente do Congresso Nacional.

Alguém precisa colocar Jorge Viana no seu lugar, pois o senador petista não ocupa qualquer cargo na Mesa Diretora do Congresso. Sua atitude mostra de forma clara que ele poderá liderar uma avalanche de dificuldades para o governo de Michel Temer, pois o PT, que aposta na candidatura de Lula para ressurgir da lama da corrupção, agora precisa que prospere o “quanto pior, melhor”.

Que fique patente que a batalha continua e que o PT, como líder da oposição raivosa, não terá vida fácil, pelo menos debaixo do jornalismo independente do UCHO.INFO. Quem quiser brincar de atrapalhar, que se prepare e jogue como gente grande.

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