(*) Fouad Mattar
Comemorações só de um lado do front. A vitória dos azuis/amarelos na maior cidade do País, já no primeiro turno, surpreendeu a maioria dos analistas.
Do lado vermelho, as primeiras manifestações depois da esperada, comprovada e fragorosa derrota, estão demonstrando que a resiliência parece ter sumido do dicionário petista.
A arrogância e a empáfia, de tão grandes, ofuscam a visão, e não permitem enxergarem o que as urnas sinalizam.
Na lista dos culpados, entre as misteriosas entidades inimigas da democracia e do bem estar do povo, aparecem a rede globo e seu debate, as forças ocultas, a mídia golpista, o poder econômico, e até vi ressuscitar a “burguesia opressora”.
Afinal, não erram nunca, e não identificam uma única ação ou razão para que os eleitores e contribuintes deixem de dedicar ao petismo, sua esperada fidelidade.
Concordando com um amigo, essa vitória acachapante das correntes liberais e conservadoras que se opõem ao projeto de poder do PT, é mérito maior e inquestionável do próprio pt !
Nenhuma palavra sobre o povo soberano, que juntando votos de um em um, mostrou claramente que quer mudar.
Um país quase inteiro disse hoje claramente que, mesmo quando não consegue encontrar o que quer, sabe muito bem o que não quer mais.
Gente boa e gente ruim está espalhada em todos os partidos.
Vitórias da maioria são a essência da democracia.
Aos órfãos da esquerda romântica, da qual não conseguem às vezes por teimosia se desvincular, sobraram as bravatas e a acusação torpe àqueles que, insinuam grosseiramente, não sabem votar.
Sobrou o cansado discurso da vitimização e da mentirosa exclusividade na proteção aos mais pobres.
Desavergonhadamente, desqualificam todos que não concordam com suas pretensas virtudes sensacionais.
Luiz Inácio é só o personagem mais destacado dessa pantomima. Insiste em se dizer honesto e distante da corrupção generalizada que seus parceiros e amigos exageraram ao desenvolver. Resta claro que os petistas não vêem no seu grande líder a falta de caráter e a liderança da gangue que assaltou o país.
O azar é só deles, pois parece que finalmente, uma maioria consistente deu seu recado, mandando avisar que a bandidagem chegou ao seu limite.
Tomara esse Vietnã que, sem ilusões, continuará em guerra, tenha dias auspiciosos e de renovada esperança pelo sangue novo de quem precisa mostrar ao que veio.
(*) Fouad Mattar, bacharel em Administração de Empresas, é empresário do setor têxtil.