MP investiga se Odebrecht pagou propina em obras do Metrô e contrato de lixo da prefeitura de SP

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A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público abriu três linhas de investigação para apurar se o Grupo Odebrecht, que está enredado no escândalo do Petrolão, também pagou comissões em contratos das linhas 2-Verde e 4-Amarela do Metrô de São Paulo, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e da Prefeitura, relacionado a um contrato para processamento de lixo na capital paulista.

Cada linha de investigação foi dividida em um procedimento distinto e distribuída. O material, que aponta e-mails de executivos da empreiteira baiana indicando pagamentos relacionados a obras, deve chegar nesta quarta-feira (5) ao gabinete de cada investigador.

Os promotores devem decidir se instauram um inquérito civil para investigar as suspeitas de corrupção em cada caso. A Promotoria do Patrimônio Público é responsável por investigações no âmbito cível, mas os inquéritos não têm caráter criminal.

No caso do Metrô, a Operação Lava-Jato identificou mais de 20 e-mails do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira – “departamento de propinas” – com referências a pagamentos nas obras das linhas 2 e 4 do Metrô.


Já em relação à EMTU, a Polícia Federal identificou um e-mail de Benedicto Barbosa Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, ao então presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht (preso em Curitiba), solicitando autorização para o “programa” de pagamentos “relacionado à EMTU” em 2006.

No Brasil, lamentavelmente, a corrupção tornou-se parte integrante do Estado, cenário que piorou sobremaneira com a chegada do PT ao Planalto Central. O partido estava disposto a levar adiante um projeto criminoso de poder, o que exigiu a implantação da roubalheira sistêmica. O modus operandi tornou-se regra com o passar dos anos, alcançando todos os partidos políticos, sem exceção.

É preciso que os brasileiros de bem lutem contra a corrupção de forma incansável, não importando os atores dos atos criminosos. Eliminar a chaga que consome a nação e a dignidade do cidadão é algo que dificilmente será alcançado, em especial em um país com dimensões continentais, mas é possível reduzi-la a níveis rasos.

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