Paulista reuniu 400 pessoas a favor de Haddad; Alvorada reuniu 400 pessoas a favor do teto de gastos

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Na política brasileira alguns números são reveladores. No domingo (9), na mais importante via da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, um grupo de quatrocentas pessoas realizou ato em favor do prefeito Fernando Haddad (PT), derrotado nas urnas do último dia 2 de outubro de forma acachapante. Para quem era considerado a esperança petista para o partido ressurgir das cinzas no maior palco de rixas políticas, Haddad foi o que pode ser chamado de fiasco.

O evento promovido na Paulista, convocado pelas redes sociais, parecer ter refletido a insatisfação dos paulistanos com a pífia gestão de Fernando Haddad, que na disputa pela reeleição não venceu em nenhuma zona eleitoral da cidade, tento sido derrotado inclusive nas áreas mais pobres da capital, onde historicamente residia boa parte do eleitorado petista.

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O manifesto a favor de Haddad foi mais uma das muitas missas encomendadas pelo PT, que sempre nega qualquer envolvimento em atos de apoio à legenda. Quem circula pela mais importante cidade brasileira conhece os efeitos colaterais da administração petista, mas os organizadores do evento não apenas agradeceram o prefeito por sua gestão, mas receberam-no com gritos de “uh! governador”. Ou seja, essa reduzida claque sonha em ver Fernando Haddad no Palácio dos Bandeirantes.

Horas mais tarde, com pouco mais de mil quilômetros de distância, o presidente Michel Temer recebeu no Palácio da Alvorada, em Brasília, quatrocentas pessoas para um jantar cujo cardápio foi a Proposta de Emenda Constitucional 241/2016, que limita os gastos do governo federal durante vinte anos, como direito a correção pela inflação do ano anterior. Metade dos convidados para o rega-bofe político era de deputados federais que nesta segunda feira votarão a chamada PEC do teto de Gastos. A outra metade era composta essencialmente pelas esposas dos parlamentares.


Enquanto finge que a derrota das urnas do primeiro turno das eleições municipais em todo o País não foi um duro golpe, o PT ainda tenta manter o comando da esquerda nacional e, na condição de líder da oposição no Congresso Nacional, trabalha contra a tal PEC. Mesmo depois de ter levado o Brasil à mais grave crise da história verde-loura, fruto de uma política econômica marcada por incompetência, fanfarrice e mentiras.

O Brasil patina no atoleiro da crise, sem qualquer possibilidade de reversão do quadro atual no curto prazo, mas petistas e seus seguidores defendem a continuidade do modelo econômico que priorizou a gastança oficial e o aparelhamento do Estado. A economia brasileira está longe de deixar a tempestade, mas começa a dar sinais de que tem força para sair do olho do furacão.

O PT, por sua vez, quer fazer política bandoleira a qualquer preço, não importando as consequências dessa sandice à sociedade, desde que o partido consiga ressuscitar a partir da lama da corrupção. Enfim, tudo é uma questão de números, mas os delinquentes que durante treze estiveram no poder central insistem em apostar na roleta da incompetência.

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