Economistas melhoram previsão para inflação e juro em 2016; crescimento econômico teve leve piora

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Consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País revisaram a previsão para baixo a inflação deste ano e de 2017. De acordo com o Boletim Focus, do BC, os analistas reduziram a projeção para a taxa básica de juro, a Selic, enquanto que o desempenho da economia em 2016 deverá registrar leve piora.

O boletim do BC, divulgado nesta segunda-feira (17), traz a aposta dos economistas em redução da inflação oficial de 2016, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,04% para 7,01%. O resultado reflete a taxa de setembro (de 0,08%, a menor para o mês desde 1998), divulgada recentemente pelo IBGE. Trata-se da quinta melhora seguida na expectativa do mercado financeiro para a inflação oficial deste ano.

Mesmo diante dessa previsão de melhora, caso o IPCA terminar o ano 7,01%, será a segunda vez seguida que a inflação ficará acima do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5%, com dois pontos percentuais de variação para mais ou para menos. Em 2015, a inflação ficou em 10,67%.

Em relação a 2017, os analistas do mercado financeiro apostam em inflação de 5,04%, contra 5,06% da previsão anterior (foi a segunda redução consecutiva). A meta de inflação em 2017 também é de 4,5%, mas a variação será de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


Com a inflação em patamar ligeiramente menor, os especialistas preveem redução da taxa básica de juros ainda neste, após oito semanas em 13,75%. A previsão é de que a Selic encerre 2016 em 13,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano, índice que permanece inalterado desde julho de 2015.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se terça e quarta-feira para deliberar sobre a taxa de juro, com a possibilidade de redução de 0,25 ponto percentual, segundo a expectativa do mercado. Para o próximo ano, a previsão para a Selic manteve-se em 11% ao ano pela sexta semana consecutiva.

Por outro lado, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 registrou suave piora, com previsão de recuo de 3,19%, contra 3,15% da semana anterior. Em relação ao PIB do próximo ano, os analistas creem que a economia nacional crescerá 1,30%, o que é considerado excesso de otimismo, pois muitos especialistas cravam suas previsões em crescimento de 0,5%.

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