Com o passar dos dias torna-se cada vez mais complicada a situação da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), ré por corrupção, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações).
Denunciada por sete delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido dinheiro do maior e mais acintoso esquema de corrupção, que derreteu os cofres da Petrobras, a parlamentar paranaense está prestes a ser alvo de mais uma denúncia grave.
Um dos executivos da construtora Odebrecht, que negocia acordo de colaboração premiada com a força-tarefa da Lava-Jato, promete revelar como se deu a ajuda da empreiteira para pagar dívidas de campanha de Gleisi Hoffmann em 2014, quando a petista concorreu ao governo do Paraná, mas fracassou nas urnas.
O aludido pagamento ocorreu após o encerramento do período de prestação de contas à Justiça Eleitoral, portanto, na ilegalidade. Ou seja, mais um caso de caixa 2 envolvendo Gleisi.
De acordo com informação divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, na ocasião Gleisi recorreu diretamente a Dilma Rousseff para pedir que a então presidente da República interviesse junto ao PT para que o partido ajudasse a quita as contas remanescentes da campanha. Conforme relato feito aos procuradores, Dilma convocou Edinho Silva, então ministro, determinando que o assessor ajudasse Gleisi — o que foi feito.
A situação de Gleisi é muito complicada. Isso porque, além de responder a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), o acúmulo de evidências de corrupção no âmbito do Petrolão sugere que a petista dificilmente não terá a duvidosa honra de ser a primeira senadora a ser presa.