Obsessão pelo discurso do “golpe” sugere que petistas sofrem de “esquizofrenia política”

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Definitivamente a palavra “golpe” não sai do pensamento dos integrantes da esquerda brasileira, que ainda não se conformaram com a derrocada do projeto criminoso de poder que transformaria o Brasil em versão agigantada da combalida e vizinha Venezuela.

Não bastassem os pronunciamentos feitos no Congresso nacional que escoram-se em termos como “golpistas” e “governo ilegítimo”, a esquerda verde-loura parece ter disposição de sobra para disseminar a mais mentirosa de todas as teses políticas: a de que Dilma Rousseff foi vítima de um golpe.

Defensor da então presidente da República no processo de impeachment, que transcorreu dentro da legalidade e do respeito ao amplo direito de defesa, o petista José Eduardo Martins Cardozo tem encontrado tempo para fazer política partidária e participar de eventos que tratam de algo que não existiu: o golpe.

Cardozo participou, na última segunda-feira (17), do lançamento do livro “É golpe, sim!”, do deputado estadual Adão Villaverde (PT-RS), na capital gaúcha. No evento, que aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, o ex-advogado-geral da União disse não ter dúvidas em relação ao que aconteceu recentemente no Brasil, como se a legislação e a Constituição Federal não tivessem sido respeitadas no caso do impeachment.

“Não é por acaso que o emprego dessa palavra é o que mais irrita as elites conservadoras do Brasil hoje. Quando a verdade é dita, os que querem escondê-la ficam incomodados”, disse Cardozo.

Por questões óbvias o ex-ministro precisa ingressar na seara do absurdo, pois qualquer manifestação contrária ao discurso do golpe seria a missa de sétimo dia de um partido que notabilizou-se ao longo da última década pelo banditismo político. Dizer que a direita irrita-se com a palavra “golpe” é querer dar importância indevida a uma ideologia bandoleira que levou o País às ruínas.


O pensamento petista é tão canhestro, que José Eduardo Cardozo abusou da criatividade e empurrou o caso na direção do passado ao dizer que o tal “golpe” começou no minuto seguinte à proclamação do resultado da eleição presidencial de 2014.

“Eles sabiam que, uma vez que Dilma tomasse posse e a crise econômica fosse superada, não voltariam ao poder tão cedo. Por essa razão, iniciaram ainda em 2014 um processo de deslegitimação da presidenta eleita”, declarou o advogado petista.

Na opinião do ex-AGU, o processo de impeachment que interrompeu a era Dilma não é novidade, pois o mesmo modelo teria sido aplicado em Honduras e no Paraguai. Um golpe com tripla dimensão: parlamentar, jurídica e midiática.

Como sempre afirma o UCHO.INFO, o Brasil é uma democracia, mesmo que jovem, e como tal abriga com galhardia o direito à livre manifestação do pensamento. Por isso Cardozo é livre para destilar seu pensamento, incontestavelmente obtuso, uma vez que o PT tenta ressurgir da lama da corrupção e das cinzas da incompetência com o objetivo de liderar uma nova frente de esquerda, talvez mais radical.

José Eduardo Cardozo sabe que não houve golpe, mas, sim, o respeito à legislação vigente no País. O seu partido, o PT, protagonizou o período mais corrupto da história nacional, por isso acabou despejado do poder central com a pompa e a circunstância devidas.

A gravíssima crise econômica que derrete o Brasil e os desdobramentos da Operação Lava-Jato, com direito à prisão de muitos “camaradas”, mostram de forma inequívoca que ocorreu – e ainda ocorre – no País o cumprimento da lei. Quando um professor de Direito nega fato tão claro e marcado pela legalidade, está na hora de rever conceitos ou escolher nova profissão.

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