Pai da adolescente “apartidária” que discursou na Assembleia do PR é militante petista ligado a Gleisi

gleisi_hoffmann_1068

Na quarta-feira (26), a adolescente Ana Júlia Pires Ribeiro, de 16 anos, fez um discurso a favor das invasões das escolas no Paraná. Foi em Curitiba que um estudante, também de 16 anos, foi assassinado depois consumo de drogas. A estudante, que se disse “apartidária”, é filha do militante petista fanático Júlio César Pires, ligado à senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que diariamente faz manifestações exaltadas a favor das invasões das escolas.

O discurso de Ana Júlia, que “viralizou” nas redes sociais – recebeu elogios de Lula e virou até matéria de publicações internacionais –, eximiu de qualquer culpa os estudantes que ocupam escolas e seus mentores políticos, do PT e do PCdoB, pela morte do estudante Lucas Eduardo Araújo Mota. Ela apontou um dedo acusador para a sociedade. A estudante chegou a dizer que todos os deputados tinham as mãos “manchadas de sangue”.

A acusação foi imediatamente rebatida pelo presidente da Assembleia paranaense, deputado Ademar Traiano (PSDB), que afirmou que não aceitaria ofensas nem acusações absurdas aos deputados. Traiano lembrou que a Assembleia tivera espírito democrático suficiente ao abrir espaço para que falassem na tribuna tanto os alunos que querem a desocupação, porque querem estudar e não desejam ser prejudicados e perder o Enem, quanto para os que defendem as ocupações como protesto contra as políticas do governo de Michel Temer, mas não permitiria insultos aos parlamentares.


Tanto o aluno morto quanto seu assassino, também menor de idade, eram invasores que não permitiam que a polícia e os pais de alunos entrassem na escola para ver seus filhos. Os invasores no Paraná estão sendo acobertados por adultos ligados a partidos políticos e pelo Conselho Tutelar, que nada viu de extraordinário nas invasões, apesar dos seguidos relatos de uso de drogas e orgias sexuais nas escolas ocupadas, e não recomendou ao Ministério Público que solicitasse à Justiça a reintegração de posse dos estabelecimentos educacionais.

A idealização da “apartidária” adolescente Ana Júlia, louvada como “o futuro do Brasil” em uma matéria cheia de equívocos e erros factuais na revista Forbes, e uma simpatia desmesurada por parte imprensa brasileira pelas posições da estudante, só servirá de combustível para perpetuar as invasões.

As ocupações já deixaram centenas de milhares de alunos sem aula, ameaçam a realização das provas do Enem e tumultuarão as eleições municipais do próximo domingo (boa parte dos postos de votação são em escolas ocupadas), causando prejuízos enormes ao País.

apoio_04