Candidato republicano à Casa Branca, o bilionário Donald Trump manteve a polemica até mesmo no Dia D das eleições norte-americanas. No meio da tarde desta terça-feira (8), em entrevista a emissoras de rádio, Trump disse que pode não aceitar o resultado das urnas.
Esse discurso já foi utilizado anteriormente pelo candidato, mas na sequência ensaiou um recuo, afirmando que só aceitaria o resultado se ele fosse o vencedor. Agora, segundo os analistas políticos dos Estados Unidos, tal afirmação pode ser reflexo de eventual derrota.
O UCHO.INFO entende que ainda é cedo para cravar a vitória da democrata Hillary Clinton, especialmente porque as eleições norte-americanas são complexas – dependem do colégio eleitoral – e o voto não é obrigatório. Com 538 delegados no total, o vencedor é o candidato que conseguir o voto de pelo menos 270 deles (metade mais um).
Apesar da dificuldade que representa fazer um prognóstico próximo da realidade, a coordenação da campanha Donald Trump já sinalizou com a possibilidade de recorrer à Justiça por conta da eleição antecipada no estado de Nevada, já que uma zona eleitoral da cidade de Las Vegas funcionou, em determinado dia, além do horário. Isso, segundo assessores de Trump, pode ser motivo para um recurso judicial. Fora isso, o candidato republicano acusou a imprensa local de conspirar contra ele.
As pesquisas de opinião encomendadas pelos principais veículos de comunicação dos EUA, divulgadas nas primeiras horas desta terça-feira, trouxeram Hillary Clinton com pequena vantagem, mas é preciso cautela até o resultado final, já que os chamados “swing states” são uma incógnita.
Em relação aos estados com o maior número de delegados eleitorais, a Florida continua sendo o alvo da cobiça dos candidatos. Pesquisas realizadas nesta terça-feira mostram que Hillary e Trump estão empatados, o que aumenta ainda mais o suspense sobre quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. Quem vence na Florida sai vitorioso na eleição à Casa Branca, porque o estado conta com 29 delegados.
Outros estados são considerados decisivos para a disputa, segundo pesquisas realizadas por diversos institutos ao longo da última semana: Carolina do Norte, Colorado, Iowa, Michigan, Nevada, New Hampshire, Ohio, Pennsylvania, Virginia, Wisconsin. Nesses estados, a diferença entre Hillary e Trump é muito pequena.
Muito além da escolha do sucessor do presidente Barack Obama, os americanos livram-se da uma campanha longa e polêmica. Foram dezoito meses de campanha, desde as disputas internas nos partidos até a enxurrada de acusações trocadas entre Hillary Clinton e Donald Trump.
