Jill Stein, candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Verde, anunciou, na quinta-feira (24), que já arrecadou 3,5 milhões de dólares da sua meta de alcançar 4,5 milhões para pagar os custos da recontagem de votos em três estados-pêndulos da eleição de 8 de novembro.
O dinheiro arrecadado é suficiente para pedir a recontagem de votos em Wisconsin, onde o prazo para apresentar o pedido se encerra nesta sexta-feira. Os outros dois estados são Pensilvânia (prazo até a próxima segunda-feira) e Michigan (até quarta).
O republicano Donald Trump venceu por pequena margem em Wisconsin e na Pensilvânia e lidera a contagem no Michigan por apenas 10 mil votos. Nas eleições anteriores, os três estados haviam sido conquistados pelos democratas.
A campanha de arrecadação fora lançada nesta quarta-feira. “Levantar os recursos para pagar a primeira rodada de forma tão rápida é um feito milagroso e um tributo ao poder de organização popular”, afirmou a campanha de Stein, no seu site oficial.
“Os resultados inesperados da eleição e as anomalias reportadas precisam ser investigados antes que a eleição presidencial de 2016 seja validada”, afirmou Stein. “Nós merecemos eleições nas quais podemos confiar.”
Os apelos por uma recontagem se tornaram mais fortes nesta semana, depois de especialistas em computação terem afirmado que a candidata democrata Hillary Clinton fez menos votos do que o esperado em locais onde urnas eletrônicas foram utilizadas.
Os próprios especialistas ressalvaram, porém, que não há qualquer prova de que os resultados tenham sido fraudados ou que as urnas eletrônicas tenham sido manipuladas. Porém, eles afirmaram que a recontagem é importante para eliminar qualquer dúvida e fortalecer a confiança no sistema eleitoral americano.
O site FiveThirtyEight afirmou que a discrepância notada pelos especialistas se deve a questões demográficas e não a fraudes.
Hillary já está 2 milhões de votos à frente de Trump na contagem de votos, mas essa vantagem não tem qualquer influência sobre o resultado do pleito, que é decidido por voto indireto no Colégio Eleitoral. (Com agências internacionais)