Números de uma economia caótica anulam os discursos raivosos e salvadores da esquerda bandoleira

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Durante a discussão e votação da PEC do Teto de Gastos (já aprovada) na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a esquerda raivosa, que até recentemente apoiava o incompetente e corrupto governo da petista Dilma Rousseff, repetiu um sem fim de vezes que o projeto prejudicará os trabalhadores e os brasileiros mais pobres. Discurso barato e de ocasião para tentar ressuscitar uma corrente política que foi espancada nas eleições municipais de outubro passado.

Se há na história recente do País um projeto que sacrificou o trabalhador e expandiu a camada de pobreza no País, esse é da lavra do partido dos Trabalhadores. A irresponsabilidade começou no segundo governo do alarife Lula, que adotou a redução do IPI como ferramenta de estímulo à economia, sem que o cidadão passasse a consumir com recursos próprios, mas à sombra do crédito fácil. A bizarrice ganhou novos e perigosos contornos com Dilma Rousseff, que não apenas continuou abrindo mão de receitas, mas aumentou criminosamente as despesas.

O resultado dessa alquimia bandoleira está em todos os cantos de uma nação que sofre com uma recessão que, tudo indica, deve durar pelo menos até o começo de 2019. Mergulhados no maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, os petistas fingem ignorar a paternidade da crise econômica, como se os números não servissem como teste de DNA.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro as vendas no comércio varejista registraram recuo de 0,8%. No acumulado de doze meses, a queda foi de 6,8%, maior recuo desde 2001. Ou seja, foi pelo ralo o mentiroso discurso petista de que só os “companheiros” têm a solução para a crise. Criticam com os pulmões cheios, mas não apresentam uma solução sequer, pois a única receita que conhecem é a gastança.

Também em outubro, igualmente de acordo com o IBGE, o setor de serviços registrou recuo de 2,4%, na comparação com o mês anterior. Em relação a outubro de 2015, a queda foi de 7,6%, já descontado o efeito da inflação. O resultado negativo foi o maior já registrado pela série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2012. Em setembro daquele ano, a queda foi de 4,9%.


É importante destacar que o setor de serviços é o que mais emprega no País e responde por pelos menos dois terços da economia brasileira. Isso significa que a crise econômica provocada pela incompetência do PT é infinitamente maior do que se pode imaginar. Considerando que muitos desempregados ingressaram no setor de serviços como alternativa para a sobrevivência, a situação deve piorar nos próximos meses.

O horizonte econômico pode ficar ainda mais carrancudo, pois a indústria automobilística continua enfrentando números negativos em termos de produção. Apenas a título de exemplo, a produção de ônibus e caminhões caiu mais de 60% desde o acirramento da crise. O que significa que não há mercadoria e muito menos passageiros para serem transportados.

Em novembro, a venda de carros novos através de financiamento registrou queda de 17,6%, enquanto que no acumulado do ano o recuo foi de 26%. No contraponto, no mesmo mês houve aumento de 12% no financiamento de veículos usados, mas no ano a queda foi de 3%, na comparação com o mesmo período de 2015.

Esse movimento de alta no segmento de carros usados revela fatos preocupantes. O primeiro deles é que os brasileiros estão vendendo os automóveis para quitar dívidas e eliminar gastos, sem que o Estado dê a devida contrapartida em termos de transporte público de qualidade. O segundo detalhe que preocupa está relacionado ao desemprego. Afinal, a busca por carros usados significa queda na produção automobilística.

Digeridos os números de uma economia que afunda na recessão, a esquerda não tem moral para criticar qualquer medida que vise tirar o Brasil do atoleiro da crise. Em países minimamente sérios, esses profetas do apocalipse estariam presos ou já teriam cometido suicídio em público. Como a face lenhosa abunda nessa república bananeira chamada Brasil, os esquerdistas insistem na falácia messiânica.

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