No domingo (8), em Zurique, durante reunião prévia com dirigentes de futebol de todos os continentes, a FIFA decidiu que, a partir da edição de 2026, a Copa do Mundo terá 48 seleções, não mais 32. O acordo foi informal, mas deverá ser oficializado na terça-feira (10).
Ainda não foi decidido como será feita a divisão das 16 novas vagas entre as federações continentais. Uma das possibilidades é que a América do Sul, que atualmente tem dez seleções, fique com seis vagas na Copa e com chance de conquistar mais uma na repescagem.
Outra decisão que deverá ser tomada versa sobre novo formato de disputa. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, prefere um formato que tem 16 equipes já pré-classificadas para o grupo de 32 equipes. Outros 32 países disputariam mais 16 vagas em uma espécie de torneio eliminatório. A partir daí manter-se-ia a fórmula atual da Copa do Mundo.
Há também a opção com 16 grupos de três times, com dois primeiros classificados por chave para o “mata-mata”, que ganharia mais uma fase.
Desta forma, o torneio passará a ter 80 jogos em vez dos atuais 64. A ideia da FIFA é realizar a Copa com a mesma duração atual, isto é, 32 dias. Caso aprovado o formato de 16 grupos, uma seleção que chegar à final disputaria sete jogos, assim como no modelo de 32 times.
A expansão da Copa para 48 seleções já foi criticada por personalidades do futebol como Pep Guardiola, técnico do Manchester City, e Joachim Löw, treinador da Alemanha. O principal motivo é que o torneio tenha uma queda de nível técnico com a entrada de mais equipes.
O principal defensor do aumento de vagas foi o presidente Gianni Infantino. Ele acredita que o crescimento da Copa proporcionará um aumento entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão nos contratos de televisão do Mundial. No mais, o aumento do número de vagas por continente agrada mais países e, portanto, membros do Congresso da FIFA, que elegeu Infantino ao cargo e que decidirá se ele continua.
No caso do aumento de renda de televisão, isso significaria que a FIFA subiria em 20% as suas receitas por ciclo de Mundial, que atualmente giram em torno de US$ 5 bilhões. Em relação a agrados políticos, a Conmebol, por exemplo, deve passar a ter 6,5 vagas, isto é, classificaria quase o continente inteiro já que são dez países na região.