O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), instituição financeira do Banco Mundial, anunciou nesta terça-feira (10) que a economia brasileira deve crescer 0,5% em 2017, confirmando previsão de economistas do mercado financeiro nacional. A equipe econômica do governo previu, em novembro passado, que neste ano o Produto Interno Bruto (PIB) avançaria 1%.
Em relação a 2018, o BIRD estima que a economia brasileira registrará crescimento de 1,8%, enquanto que em 2019 o avanço do PIB será de 2,2%. Com a previsão para a economia brasileira no corrente ano (crescimento de 0,5%), o BIRD espera que a economia da América Latina cresça 1,2% após dois anos de recessão.
Por outro lado, alguns economistas têm afirmado que a economia do País terá crescimento zero, ao passo que experientes analistas do mercado financeiro insistem em afirmar que mais uma vez o PIB será negativo. Considerando que o Brasil está mergulhado em preocupante recessão, qualquer sinal de recuperação, mesmo que acanhado, será uma conquista. Isso porque o estrago promovido pelo PT na economia foi devastador.
Independentemente das previsões, não é prudente desconsiderar os efeitos da economia global no PIB brasileiro, que continuará dependendo das exportações para estancar a crise. Um dos fatores que preocupam os economistas nacionais é o futuro do preço do petróleo. A OPEP, entidade que congrega os países exportadores de petróleo, decidiu reduzir a produção como forma de elevar o preço, algo que deverá acontecer ainda no primeiro trimestre deste ano.
Outro ingrediente que pode azedar o otimismo do governo brasileiro é a situação da China, que vive um momento de solavancos na economia local. Fora isso, as incertezas que decorrem do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também deverão interferir na economia global, inclusive na do Brasil. Isso porque Trump prometeu medidas protecionistas, o que deve interferir na economia dos países exportadores, em especial a China.
Não obstante, Donaldo Trump também prometeu uma política de corte de impostos, o que elevará o déficit orçamentário norte-americano, que, é bom lembrar, gira na casa de meio trilhão de dólares, valor que equivale a 2,9% do PIB do país.