Polícia turca prende suspeito de ataque terrorista a casa noturna em Istambul, na noite de Ano Novo

(Murat Ergin - Ihlas News - Reuters)
(Murat Ergin – Ihlas News – Reuters)

A polícia da Turquia prendeu nesta segunda-feira (16) o suspeito de ser o autor do atentado à casa noturna Reina, em Istambul, na noite de Ano Novo, que provocou a morte de 39 pessoas e deixou 69 feridos, de acordo com o jornal turco “Hürriyet”. A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.

O governo não confirmou a cidadania do atirador, mas, segundo o jornal, Abdulkadir Masharipov seria natural do Uzbequistão e foi preso no bairro de Esenyurt, em Istambul, sendo levado em seguida levado para avaliação médica. Ainda de acordo com o “Hürriyet” seu filho de 4 anos estava perto dele no momento da prisão.

Contrariando as informações preliminares publicadas pela imprensa turca, Masharipov pode ter nascido na região chinesa de Sinkiang (de maioria muçulmana) ou no Quirguistão. Cinco pessoas teriam sido presas na operação, incluindo três mulheres.


Segundo a emissora de televisão NTV, o suspeito foi detido na casa de um amigo quirguiz e resistiu à prisão. A agência de notícias Dogan divulgou fotos do atirador, após a detenção, mostrando um homem com sangue no rosto e vestindo uma camiseta, que de acordo com os policiais usava o nome Ebu Muhammed Horasani.

Dezenas de pessoas já foram detidas pela polícia turca, suspeitas de ter algum envolvimento com o ataque. O “Estado Islâmico” reivindicou o atentado à casa noturna, uma das mais famosas de Istambul.

O vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmus disse, momentos antes da prisão do suspeito, que o ataque foi perpetrado por profissionais. “Aparentemente o ataque à boate Reina não foi apenas um ato de uma organização terrorista, mas também houve uma organização de Inteligência envolvida. Foi um ato extremamente planejado e organizado”, disse.

Após o ataque, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o atentado teve por objetivo “semear o caos no país”. “Agem para destruir a moral do país e semear o caos com esses ataques de ódio contra civis”, declarou Erdogan em sua primeira reação ao massacre, segundo comunicado publicado pela presidência. (Com agências internacionais)

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