Polícia deflagra operação antiterrorismo na Alemanha e prende suspeitos de envolvimento com o EI

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Um tunisiano suspeito de recrutar jihadistas para o grupo “Estado Islâmico” (EI) foi preso durante operação antiterrorismo deflagrada nesta quarta-feira (1) no oeste da Alemanha. O homem de 36 anos estaria planejando um ataque terrorista no país europeu.

As buscas conduzidas pela Promotoria de Frankfurt e pelo Escritório de Investigação Criminal (LKA) de Hessen estão focadas em 16 indivíduos, com idades entre 16 e 46 anos, suspeitos de integrar uma célula terrorista do EI.

Principal alvo da operação, o tunisiano detido em Frankfurt é acusado de envolvimento no planejamento e execução um ataque terrorista reivindicado pelo EI contra o Museu Nacional do Bardo, em Túnis, que deixou cerca de 20 mortos em março de 2015. O suspeito, que esteve na Alemanha entre 2003 e 2013, também teria participado de um atentado na cidade de Ben Guerdan, na Tunísia, que deixou mais de 50 vítimas em março de 2016.

Os investigadores acreditam que ele fazia recrutamento para o EI desde agosto de 2015, quando entrou novamente na Alemanha como requerente de asilo. O detido teria criado uma rede de apoiadores com o objetivo de realizar um atentado na Alemanha. Segundo promotores, o plano estava em estágio inicial e um alvo ainda não tinha sido definido.

“Não se tratou de prevenir um ataque iminente, pelo contrário, as forças de segurança em Hessen intervieram para proteger os cidadãos de ameaças”, afirmou o secretário do Interior do estado de Hessen, Peter Beuth.

Beuth acrescentou que a operação conseguiu desarticular uma ampla rede ancorada no salafismo, corrente ultraconservadora do islamismo sunita. “Com essas medidas, enviamos uma mensagem clara aos radicais islâmicos em Hessen”, afirmou o secretário.

Buscas

Mais de mil agentes fizeram buscas em 54 apartamentos, estabelecimentos comerciais e mesquitas de Frankfurt e outras localidade do estado de Hessen, como Darmstadt, Limburg e Wiesbaden.

O porta-voz do Escritório de Investigação Criminal (LKA) do estado de Hessen, Max Weiss, disse que as investigações começaram há quatro meses e que mais de 150 investigadores estão trabalhando no caso em tempo integral.

Na terça-feira, a polícia alemã prendeu em Berlim três suspeitos de ligação com jihadistas do EI que planejavam viajar ao Oriente Médio para serem treinados.

Em dezembro do ano passado, o tunisiano Anis Amri foi morto pela polícia italiana depois de matar 12 pessoas num ataque com um caminhão contra frequentadores de uma feira natalina na capital alemã. (Com agências internacionais)

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