As estupidezes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começam a fazer escola no país, em especial quando o assunto é imigrante. Apesar do destempero do novo inquilino da Casa Branca, era esperado que Trump, um histriônico compulsivo que acredita ser dono do universo, fosse agir de maneira estapafúrdia, enquanto uma plateia de aduladores o aplaude como se estivesse diante do último gênio da raça humana.
Depois do veto migratório que suspendeu a entrada nos EUA de imigrantes vindos de sete países majoritariamente muçulmanos – Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen –, além da proibição imposta aos refugiados sírios, uma nova sandice surgiu no estado do Tennessee, onde parlamentares republicanos querem que o Departamento de Segurança diferencie, no documento de identidade, os nascidos nos Estados Unidos e os imigrantes, mesmo que os “não-americanos” tenham visto de permanência no país.
A proposta é absurda e encontra respaldo (sic) no comportamento bufão de Donald Trump, que age como um dono de saloon debaixo de tiroteio, certo de que assim conseguirá resolver as questões migratórias. É importante ressaltar que propostas dessa natureza servem não apenas para acirrar os ânimos, mas principalmente como combustível para os extremistas que cometem atos terroristas supostamente em nome da fé. O que é uma enorme inverdade.
A proposta é de autoria do deputado John Ragan e o senador Ed Jackson, ambos republicanos, que cobram das autoridades a inclusão da palavra “alienígena” nas carteiras de motoristas dos imigrantes que não tenham autorização definitiva para residir no país. A anos-luz de ser uma medida sensata em busca de suposta segurança, a proposta é marcada não apenas pela ignorância devastadora que brota da intolerância, mas por uma postura racista que chega a ser nauseante.
Não bastasse o conteúdo insano, a proposta é escandalosamente segregacionista, pois os parlamentares republicanos tentam incluir no escopo do projeto um pedido anterior para que os exames de habilitação para dirigir sejam realizados apenas na língua inglesa.
No momento em que o planeta avança na direção da globalização e da interação dos povos, partidários de Donald Trump agem como delinquentes intelectuais, já que classificar um estrangeiro de alienígena é grave violação dos direitos humanos.
Apenas para lembrar, o maior facínora da história da Humanidade, Adolph Hitler, adotou postura idêntica quando, tentando “vender” sua insana tese da superioridade ariana, acabou por marcar literalmente os judeus, a extensa maioria levada à morte em campos de extermínio dotados de câmaras de gás. Nenhum ser humano é melhor do que o outro, não importando nacionalidade, condições sociais, capacidade financeira, nível intelectual, fé.
Se Donald Trump tenta imitar o idealizador do nazismo ninguém sabe, mas o isolacionismo defendido pelo presidente dos Estados Unidos certamente produzirá bestas humanas como Adolph Hitler e seus quejandos.
