Lula continua apelando a rapapés para provar sua aludida inocência e embolar processos da Lava-Jato

Enquanto coloca na rua sua campanha rumo a Palácio do Planalto, visando a corrida presidencial de 2018, Lula vê sua situação no escopo da Operação Lava-Jato piorar com o passar dos dias. Isso porque seus advogados e “companheiros” limitam-se a dizer que o petista-mor é inocente, sem que provas sejam apresentadas para comprovar os fatos.

A estratégia ufanista é convencer a opinião pública, não a Justiça, de que Lula nada tem a ver com as denúncias de corrupção e outros crimes correlatos cometidos na seara do Petrolão, esquema criminoso que funcionou deliberadamente durante uma década na Petrobras e derreteu os cofres da estatal.

O mais novo capítulo na cruzada em defesa de Lula foi gestado por petistas e endossado pela Comissão de Ética da Presidência da República, que por sua vez enviou à Comissão de Ética do Ministério da Justiça um pedido para analisar a postura dos delegados federais Maurício Moscardi Grillo e Igor Romário de Paula, ambos atuando na Operação Lava-Jato.

Os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS) requereram abertura de processo para averiguar o comportamento ético dos delgados da PF em relação à eventual prisão de Lula.

Grillo, em entrevista à revista Veja, afirmou que os investigadores da Lava-Jato perderam o “timing” para prender o ex-metalúrgico, tese defendida pelo UCHO.INFO de maneira repetida, até porque trata-se de constatação dos fatos. O juiz Sérgio Moro teve a chance de decretar a prisão de Lula por ocasião dos grampos telefônicos, mas não o fez por excesso de cautela.


O delgado Igor Romário de Paula teria declarado a um portal de notícias que a prisão do ex-presidente da República poderia ocorrer no futuro, o que também não foge à realidade. Basta entender minimamente de Direito Penal para concluir que, com base nos processos em que figura como réu, Lula corre o sério risco de ser preso. O delegado não afirmou que a prisão de Lula é questão de tempo, mas teria dito que pode acontecer.

Essa manobra dos parlamentares petistas denota o desespero que domina o entorno de Lula, ao mesmo tempo em que é uma tentativa de criar um factoide para contestar eventual condenação, a qual a imensa maioria da população aguarda há meses.

Em vez de perder tempo com esses rapés jurídicos, Lula deveria se preocupar em esclarecer aos brasileiros, em especial aos trabalhadores que ganham salário mínimo, como consegue pagar os honorários de advogados que agarram-se à espetacularização da defesa.

Apenas para lembrar, os advogados de Lula recorreram a ações em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e em Genebra, onde está sediado o Comitê de Direitos Humanos da entidade, para “vender” a falsa ideia de que o petista é vítima de perseguição política e caçada judicial, como se nada representassem as provas colhidas durante as investigações levadas a cabo a na Lava-Jato.

Com o valor de uma aposentadoria e o salário de presidente de honra do PT é impossível bancar uma equipe advogados cujos honorários que flanam na órbita dos milhões de reais.

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