Trump, o aprendiz fanfarrão, diz que não retirará acusação contra Obama nem pedirá desculpas

Para Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, não basta ser histriônico e mitômano. É preciso ser teimoso, pois do contrário sua administração em breve cairá na vala do ostracismo. Sem contar que a ausência de polêmicas o deixa longe do noticiário. Situação que mostra quão pífio é o atual chefe do governo da maior potência global.

Sem ter como entregar aos eleitores que lhe confiaram o voto, o republicano anunciou que não pretende retirar a acusação contra Barack Obama, que segundo o magnata teria ordenado a realização de grampos telefônicos na Trump Tower durante a campanha presidencial norte-americana, em 2016.

A informação foi dada nesta segunda-feira (20) pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, que há dias afirmou que Trump não afirmou ter sido grampeado, mas espionado, e que ao acusar Obama sua intenção era fazer referência à administração do democrata. Spicer também afirmou que o presidente não pedirá desculpas pela grave acusação feita no Twitter.

Em sua entrevista coletiva diária, Sean Spicer disse que o presidente manterá sua posição, apesar de o diretor do FBI, James Comey, ter garantido em audiência no Congresso não ter informações que baseiem as acusações de Trump contra Obama. O presidente americano acusou o antecessor no último dia 4 de março, através do Twitter, mas até agora não apresentou qualquer prova.


Comey disse aos congressistas que não tem qualquer informação que prove a colocação de grampos na Trump Tower, como alega o bilionário bufão. “Não tenho informações que sustentem esses tuites”, afirmou o diretor de FBI.

O chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Mike Rogers, que igualmente respondeu às perguntas dos membros do Congresso, concluiu que “as alegações de Trump não fazem sentido” e negou que o governo Obama tenha solicitado à inteligência britânica para realizar qualquer tipo escuta envolvendo Trump, referindo-se a outra acusação do republicano.

Na última quinta-feira (16), o Comitê de Inteligência do Senado norte-americano afirmou não ter encontrado qualquer indício de que o governo de Barack Obama tenha interceptado comunicações na Trump Tower, como havia afirmado o aprendiz de presidente.

“Baseado em informações de que dispomos, não vemos indícios de que a Trump Tower foi objeto de vigilância por qualquer elemento do governo dos Estados Unidos antes ou depois da eleição de 2016”, afirmaram o presidente do comitê, o republicano Richard Burr, e o vice, o democrata Mark Warner, em comunicado. (Com agências internacionais)

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