Com vários “caciques” sendo dragados pela lama do Petrolão, o maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Partido dos Trabalhadores tenta a todo custo implodir a Operação Lava-Jato, antes que um número maior de petistas ilustres (sic) acabe na prisão.
As ações da legenda nesse sentido são as mais variadas, mas depoimentos de delatores e provas obtidas ao longo das investigações no âmbito da Lava-Jato mostram que a iniciativa morreu no ninho. Isso porque a tendência é a condenação de vários próceres petistas que aderiram ao banditismo político desde a chegada da sigla ao poder central.
O objetivo principal dessas investidas é salvar o líder maior do petismo, o alarife Lula, que vem esperneando de forma exagerada, sem até agora ter provado sua aludida inocência. Representado por criminalistas caros e badalados e valendo-se de pirotecnia jurídica para tentar escapar da Justiça, Lula, que por enquanto é réu em cinco ações penais, agregou mais uma derrota ao currículo. Na quinta-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido do petista para que o juiz Sérgio Moro remetesse à Corte os processos em que ele é réu.
Responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos decorrentes da Lava-Jato, Moro foi acusado pelos advogados de Lula de ter usurpado a competência do Supremo quando investigou autoridades com foro privilegiado sem a devida autorização.
O rapapé jurídico acionado pelos advogados de Lula teve por base as interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, em uma das quais o petista foi flagrado conversando com a então presidente Dilma Rousseff sobre um termo de posse como ministro-chefe da Casa Civil, documento que deveria ser utilizado somente em caso de necessidade. Ou seja, a trama tinha o objetivo de obstruir o trabalho da Justiça dando a Lula foro privilegiado.
Em 2016, o ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em 19 de janeiro passado, havia anulado o áudio da conversa entre Lula e Dilma, devolvendo ao juiz da Lava-Jato o processo que investiga o envolvimento de políticos no esquema de corrupção. O novo relator da Lava-Jato, ministro Luiz Edson Fachin, rejeitou o recurso apresentado pela defesa de Lula e foi acompanhado em sua decisão por todos os ministros do STF.
Desesperado com o avanço das investigações, o PT promove nesta sexta-feira (24), em um hotel da capital paulista, evento para cobrar o fim da Operação Lava-Jato e a devolução da paz ao País. Como se os treze anos em que esteve no poder, saqueando os cofres públicos e arruinando a economia, não representassem uma versão moderna da idade das trevas.
Em vez de abusar de manobras judiciais com o intuito de escapar da Justiça, Lula deveria criar coragem e explicar aos brasileiros como consegue custear uma defesa milionária. Afinal, os advogados do petista são capitaneados pelo renomado e competente criminalista José Roberto Batochio, cujos honorários gravitam sempre na órbita dos milhões de reais. Para quem sequer sabe quanto recebe mensalmente – na melhor das hipóteses embolsa R$ 30 mil mensais – Lula parece ter descoberto a receita do milagre da multiplicação dos pães.