Como afirmou o UCHO.INFO em matéria publicada na edição de 11 abril, terça-feira, no âmbito da Operação Lava-Jato o empresário Marcelo Bahia Odebrecht depende da verdade para reconquistar a liberdade, mesmo que limitada e monitorada, ao passo que Luiz Inácio da Silva precisa da mentira para continuar livre.
A situação de Lula há muito que não é das mais confortáveis, mas nos últimos dias piorou sobremaneira no vácuo dos depoimentos prestados pelos 78 delatores da Odebrecht. Ao juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Lava-Jato, Marcelo desvendou um enigma: o codinome “Amigo” que aparece nas planilhas de pagamento de propinas apreendida pela Polícia Federal é uma referência ao ex-presidente da República.
Também no depoimento a Moro, o empresário disse que a pedido de Antonio Palocci Filho, também preso em Curitiba, o assessor petista Branislav Kontic, o Brani ou “Programa B”, sacou R$ 13 milhões em espécie com o compromisso de fazer a dinheirama chegar aos bolsos de Lula.
Por questões óbvias o ex-metalúrgico negou as acusações, até porque não há no País ninguém mais honesto do que o petista-mor – a afirmação é do próprio Lula –, mas o cerco começa a se fechar na direção do responsável pelo período mais corrupto da história nacional.
Lula, que insiste em afirmar que é inocente e que não existem provas que o incriminem, está cada vez mais preocupado com a possibilidade de ser condenado e preso. E essa preocupação também vem tirando o sono de nove entre dez “companheiros”.
O calvário de Lula piorou com determinada informação prestada por Marcelo Odebrecht e seu pai, o empresário Emílio Odebrecht. Ambos, em depoimento às autoridades da Lava-Jato, afirmaram que a empreiteira do grupo custeou reforma no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no valor de R$ 1,2 milhão.
Essa informação confirma muitas matérias do UCHO.INFO, que afirmou aos longo dos meses que a queda de Lula na seara do Petrolão aconteceria à sombra do polemico sítio em Atibaia, aprazível cidade do interior paulista e próxima da capital.
Por mais que o volume de dinheiro destinado ao pagamento de propinas seja impressionante, a Odebrecht certamente tem guardado os comprovantes das despesas referentes à reforma na propriedade rural que Lula nega ser o verdadeiro dono, contrariando o que dizem os investigadores.