A situação de Luiz Inácio da Silva, o safardana Lula, está a piorar com o passar dos dias. No contraponto da inocência que o madraço tenta aspergir Brasil afora, os depoimentos dos delatores da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava-Jato, tem mostrado seu grau de comprometimento com o maior esquema de corrupção de todos os tempos.
Em depoimento de colaboração premiada, Emyr Costa, ex-diretor da empreiteira, disse às autoridades que recebeu R$ 500 mil em dinheiro do departamento de Operações Estruturadas, o setor de propinas, para custear as despesas referentes à reforma no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (interior de São Paulo), cuja propriedade o petista nega de forma veemente, sem até agora ter convencido os investigadores.
Emyr afirmou que separava semanalmente R$ 100 mil, dinheiro que era entregue a um segurança da Presidência da República, de nome Aurélio, que se encarregava de efetuar a compra dos materiais necessários à obra. Ora, se o tal sítio oficialmente não pertence a Lula, mas aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna Filho, não havia razão para um servidor da Presidência ter sido encarregado de acompanhar a reforma.
O ex-dirigente da Odebrecht também afirmou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia ordenou a construção na propriedade rural um quarto para os seguranças da Presidência da República que acompanhavam e ainda acompanham o ex-metalúrgico. Pois bem, se o sítio é de propriedade de Bittar e Suassuna Filho, que em tese cediam o local ao então presidente e sua família, a construção de um quarto para os seguranças presidenciais é no mínimo estranha. Ou será que é normal e comum alguém fazer reforma em propriedade que não lhe pertence?
Para piorar uma situação que já é extremamente ruim, Emyr Costa disse à força-tarefa da Operação Lava-Jato que, na companhia de Alexandrino de Alencar, reuniu-se com o advogado Roberto Teixeira, em São Paulo, para esculpir uma farsa que legalizasse a obra realizada no sítio. Nesse encontro, Roberto Teixeira, compadre de Lula e responsável por assuntos mais delicados de Lula, determinou que um contrato de prestação de serviços de engenharia fosse feito em nome de Fernando Bittar.
A farsa foi de tal forma marcada por detalhes, que Roberto Teixeira pediu para que o valor do contrato fosse reduzido para se encaixar na realidade financeira de Fernando Bittar. A obra custou R$ 700 mil, além do valor do serviço prestado pela Odebrecht, mas os alarifes que servem Lula não souberam precificar a construção de sauna, edícula, guarita, piscina, lago, aposentos para os seguranças e outros badulaques. Obra supervisionada por Marisa Letícia.
O advogado Roberto Teixeira, padrinho de Lurian Lula da Silva, nega que tenha se reunido com Alexandrino de Alencar e Emyr Costa, mas o último delator afirmou que sua presença no escritório no compadre de Lula pode ser comprovada pelos registros da portaria do edifício e pelas imagens das câmeras de segurança. O Instituto Lula, por sua vez, afirmou que o malfadado sítio não pertence ao ex-presidente, que frequentava o local por cortesia de amigos.
Lula e seu séquito de malandros podem afirmar qualquer coisa, até porque não são obrigados à autoincriminação, mas contra fatos inexistem argumentos. A epopeia criada para justificar a propriedade do sítio Santa Bárbara é obra de amador, sendo que Lula acabará preso na esteira de uma mentira deslavada que sequer foi combinada com seus artífices.