Mortalidade infantil sobe 30% na combalida e totalitária Venezuela

Em meio a uma grave e persistente crise econômica, que produziu escassez de alimentos e medicamentos, a Venezuela enfrenta avanço da mortalidade infantil, que em 2016 registrou crescimento de 30%, segundo o Ministério da Saúde do país. Houve também aumento da mortalidade materna e dos casos de malária e Zika.

Em 2016, mais de 11,4 mil bebês com menos de 1 ano de idade morreram na Venezuela. Em 2015, foram registradas pouco mais de 8,8 mil mortes nessa faixa etária, segundo os dados do governo divulgados na terça-feira (9).

Entre as principais causas da mortalidade infantil estão sepse neonatal (condição médica grave caracterizada por estado inflamatório de todo o organismo e presença de infecção), pneumonia, nascimento prematuro e dificuldades respiratórias.

O aumento das mortes está associado à falta de equipamentos básicos em hospitais, como incubadoras, e à escassez de alimentos, que prejudica a alimentação de mulheres grávidas e, dessa maneira, também o desenvolvimento do feto.


A mortalidade materna – ou seja, morte durante a gravidez ou até 42 dias após o fim da gestação – aumentou 65,7%, com 756 casos registrados no país em 2016.

O relatório do ministério mostrou ainda aumento de 76,4% nos casos de malária, com 240,6 mil ocorrências em 2016. Os casos de Zika passaram dos 71 registrados em 2015 para mais de 59 mil.

Segundo associações médicas, doenças que haviam sido erradicadas no país reapareceram nos últimos anos. Uma dessas enfermidades seria a difteria, com 324 casos registrados em 2016, frente a nenhum caso em 2015.

O colapso nos preços do petróleo diminuiu as receitas venezuelanas, impossibilitando o governo de importar medicamentos e produtos básicos. Em meio à precária situação econômica, o país enfrenta ainda uma grave crise política. (Com agências internacionais)

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