O papa Francisco canonizou, neste sábado (13), em Fátima, os dois irmãos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, que ao lado da sua prima Lúcia presenciaram as aparições da Virgem Maria há cem anos.
O pontífice presidiu as cerimônias dos cem anos das aparições marianas na Cova da Iria, localizada na cidade portuguesa. O ponto alto das comemorações foi a canonização dos pastorinhos, que aconteceu às 10h27 (hora local).
Com a canonização, Francisco e Jacinta transformaram-se nas primeiras crianças santas por terem feito um milagre, não por serem consideradas mártires.
O milagre por sua intercessão, aprovado pela Igreja para que os pastorinhos fossem considerados santos, foi a cura do menino brasileiro Lucas Baptista, de 9 anos, que sofreu uma grave lesão cerebral ao cair de uma janela, em março de 2013, quando tinha 5 anos.
Seus pais, João Baptista e Lucila Yuri, moradores de Juranda, no estado do Paraná, rezaram para os pastorinhos de Fátima e o menino recuperou-se de “maneira inexplicável para a ciência”.
Leitura em português
No início da cerimônia, o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, pediu ao papa que inscrevesse Francisco e Jacinta no Livro dos Santos e depois fez uma breve apresentação da biografia das duas crianças. Posteriormente, o pontífice leu a tradicional fórmula, mas desta vez de maneira excepcional, em português e não em latim, para peregrinos de mais de 55 países.
“Após ter refletido durante um longo período, pedido várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer de nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como santos o beato Francisco e Jacinta Marto, os inscrevemos no Livro dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos”, proclamou Francisco, em português.
Durante a procissão que abriu a cerimônia, os restos mortais de Jacinta e Francisco, que morreram aos 9 e 10 anos, respectivamente, foram colocados no altar ao lado da imagem da Virgem.
O pontífice argentino é o quarto papa a visitar Fátima, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010). (Com agências internacionais)
