Péssima em argumentos e capenga na ética, Gleisi ignora a Constituição ao defender eleições diretas

Se existe algo pior do que a aludida ética da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) – ré por corrupção no STF, denunciada por sete delatores da Operação Lava-Jato e apontada como beneficiária de esquema que subtraiu R$ 100 milhões de servidores federais –, certamente são os seus argumentos. Todos resultantes de um desmedido delírio ideológico que esconde o banditismo político exibido por seu partido ao longo de treze anos e alguns meses.

Em artigo, a senadora paranaense questiona: “Como podem reformas que prejudicam a maioria do povo, serem mais importantes que a vontade popular?! É de um autoritarismo, arrogância, insensibilidade mesmo a posição dessa gente. Foi assim que governaram esse país durante quinhentos anos, substituindo a vontade popular. Qual foi o resultado? Exclusão, renda baixa, pobreza, miséria”.

O PT e seus “camaradas” arruinaram a economia nacional e protagonizaram o período mais corrupto da história do País, mas Gleisi vem a público, a reboque de falsa inocência, querer o retorno do partido ao Palácio do Planalto como forma de completar a lambança e transformar o Brasil em versão agigantada da Venezuela.

Todo esse bolodório tem o objetivo canhestro de defender eleições diretas e para tentar recolocar Lula no poder central, o que contraria de forma flagrante a Constituição. Mas quem acusa de ruptura constitucional é a própria Gleisi Helena, que acumula acusações de corrupção como outros colecionam selos.


“É ultrajante ver quem rasgou e continua rasgando a Constituição, invocar inconstitucionalidade e justificar, assim, um colégio eleitoral que permita que continuem no poder para concretizarem as maldades contra o povo, retirando seus direitos e garantias sociais mínimas. Inconstitucional foi o impeachment! Não mudaram a Constituição para tirar Dilma Rousseff da Presidência da República, como tiraram, sem ter cometido crime. Ter eleições diretas agora para suceder a este governo acabado é uma questão de vontade política e não de constitucionalidade”.

Com sua conhecida insensatez, Gleisi sabe que eleições diretas, apenas para permitir que Lula se candidate antes de se tornar ficha suja, é uma aberração, mas a petista não desiste:

“Essa conversa de que eleição direta agora é inconstitucional, é uma desfaçatez. As reformas não são para salvar o Brasil, como alardeiam, mas para salvar seus interesses, seus negócios, suas rendas e lucros.”

Em vez de se preocupar com o possível retorno de Lula ao governo, o que daria ao marido – o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações) – um cargo de ministro e mais algum tempo de liberdade no vácuo do foro privilegiado – Gleisi Helena deveria dedicar-se à própria defesa, já que sua situação piora a cada nova delação no âmbito da Operação Lava-Jato. Como se corrupção fosse algo legítimo, a senadora continua a despejar sandices sobre a parcela de bem dos brasileiros.

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