Afundando no Petrolão, Lula mescla vitimização e deboche em Congresso do PT e pede o fim da “palhaçada”

Ao mesmo tempo em que age como um animal político, Lula é um delinquente intelectual que usa esse status para ludibriar seus aduladores. Protagonista do período mais corrupto da história nacional e afundando cada vez na fétida lama do Petrolão, Lula sabe que ao menos uma condenação, entre tantas, está a caminho, podendo bater à sua porta a qualquer momento.

Acusado por inúmeros delatores da Operação Lava-Jato de ter se beneficiado pessoal e politicamente de propinas milionárias, o ex-metalúrgico decidiu adotar o ataque como estratégia de defesa. Opção que pode surtir efeito na massa ignara que o segue de maneira insana, mas nem mesmo em sonho convencerá os brasileiros que se recusam a fechar os olhos para a realidade.

No 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, Lula colocou em prática a sua nova estratégia. Disse diante de uma claque de companheiros ensandecidos que já provou sua inocência na Justiça e pede o fim da “palhaçada”. O debochado Lula usou o termo “palhaçada” para referir-se às acusações que lhe fazem.

“Eu não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal. Esse, eu quero decidir com o representante do Ministério Público, da Lava Jato. Quero decidir com eles. Eu já provei minha inocência. Agora vou exigir que eles provem minha culpa, porque cada mentira contada será desmontada”, disse o petista-mor.


É importante ressaltar que Lula, pessoalmente ou por meio de seus caros e badalados advogados, não provou até agora a alegada inocência. Na verdade, o que a defesa do petista fez até então foi muita fumaça, sem demonstrar que de forma cabal que a força-tarefa da Lava-Jato está equivocada.

Misturando doses de vitimização de lupanar com deboche de circo mambembe, Lula atacou de maneira inominada o empresário Wesley Batista, presidente do Grupo JBS, a quem chamou de “canalha”. O ex-presidente tem o direito à livre manifestação do pensamento, assim como seus seguidores têm o direito de aceitar a enganação explícita e recorrente.

“Eu e Dilma temos até conta no exterior. Eu nem sabia que ela tinha e ela não sabe que eu tenho. Um canalha diz que fez uma conta para mim e uma para a Dilma, mas que está no nome dele. E ele mexe com a grana. Então, é o seguinte: chegou o momento de parar com a palhaçada neste país. Este país não comporta mais viver nessa situação de achincalhamento, e o Partido dos Trabalhadores tem de dar uma resposta clara para a sociedade”, acrescentou Lula.

Não se pode esquecer que o acordo de colaboração premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista, por mais acintoso que seja, foi baseado em fatos verdadeiros e passiveis de comprovação. Sobre as contas abertas em bancos suíços para abrigar dinheiro de propina destinado às campanhas de Lula e Dilma Rousseff, o empresário já entregou às autoridades os respectivos documentos. Até porque, ninguém consegue fugir para um exílio dourado em Nova York na esteira da conversa fiada.