O partido do presidente francês Emmanuel Macron, “La République en Marche!” (LREM), conquistou neste domingo (18) maioria parlamentar absoluta nas eleições legislativas, segundo indicam projeções divulgadas pela imprensa francesa após o fechamento das urnas.
Segundo diferentes sondagens, o LREM, aliado ao Movimento Democrático, obteve entre 355 e 365 assentos dos 577 da Assembleia Nacional. Os números ficam muito acima dos 289 necessários para conquistar a maioria parlamentar e fazer avançar as reformas do presidente.
Líder populista de direita, Marine Le Pen, que perdeu as eleições presidenciais para Macron em maio, também conquistou um assento no Parlamento, segundo confirmou a Frente Nacional. O partido de Le Pen conquistou nas eleições deste domingo seis cadeiras no parlamento.
Os Republicanos e aliados terão entre 125 e 133 deputados, segundo a mesma projeção, enquanto o Partido Socialistas e aliados terão entre 41 e 49 deputados. A França Insubmissa terá entre 23 e 29 deputados. Outros partidos terão entre nove e onze deputados.
Jean-Christophe Cambadélis, primeiro-secretário do Partido Socialista, diz que o triunfo de Macron é incontestável, assim como a derrota da esquerda, denunciando uma “abstenção alarmante” que as projeções dizem poder chegar aos 58%.
“Os eleitores quiseram dar uma hipótese ao novo presidente, não dando qualquer hipótese aos seus adversários”, disse Cambadélis. “A esquerda deve mudar tudo, as formas e as ideias”, acrescenta o socialista, anunciando a sua demissão do PS e falando da necessidade de uma “direção coletiva” no partido.
A composição da câmara baixa do Parlamento francês é tão crucial para o andamento do governo que as eleições legislativas são chamadas de “terceiro turno” no país. A maioria absoluta permitirá que Emmanuel Macron promova, sem grandes obstáculos, as reformas prometidas durante a campanha eleitoral, incluindo a modificação da lei trabalhista. (Com agências internacionais)
