Incêndio em Portugal teve “mão criminosa”, diz chefe dos bombeiros

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou, na quarta-feira (21), que o incêndio que atingiu o município de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e deixou 64 mortos e mais de 200 feridos teve origem criminosa.

“O incêndio já ocorria há cerca de duas horas quando houve o problema com raios, que provocaram um conjunto de ignições acrescentadas àquele incêndio que já era de uma violência extraordinária”, afirmou Soares, citado pela imprensa portuguesa.

A versão de Soares é diferente da apresentada pela Polícia Judiciária (PJ). Segundo o órgão, o fogo teria começado após uma trovoada seca e se espalhado pela floresta, devido à baixa umidade e à vegetação seca. Portugal enfrenta uma onda de calor, com temperaturas que chegaram a ultrapassar os 40º C.


Para o presidente da Liga dos Bombeiros, o primeiro foco de incêndio começou cerca de duas horas antes da trovada. “Eu tenho para mim que o incêndio teve origem em mão criminosa”, acrescentou.

Soares questionou ainda a rapidez com que foi anunciada a causa do incêndio pela PJ, já no dia seguinte à tragédia, e pediu que o caso seja devidamente investigado. De acordo com o jornal português “Público”, a Polícia Judicial irá ouvir o presidente da Liga dos Bombeiros sobre os indícios que geraram as acusações.

Autoridades portuguesas anunciaram nesta quarta-feira que conseguiram controlar 95% do incêndio, que começou no último sábado. Mais de mil bombeiros trabalham para conter as chamas na região. (Com agências internacionais)

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