Ao criticar problema com passaportes, procurador não esconde obsessão do MPF em derrubar Temer

Já é indisfarçável a sanha do Ministério Público Federal contra Michel Temer, o que denota que o Brasil está a viver sob o manto da ditadura dos procuradores, ou seja, uma perigosa guinada para recolocar a esquerda no poder. Integrante da força-tarefa da Operação Lava-Jato, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima criticou o governo Temer, um dia após a Polícia Federal suspender a emissão de passaportes.

Em mensagem publicada na rede social Facebook, Lima aproveitou para criticar a redução do número de integrantes da equipe responsável pela operação e sugeriu que isso pode prejudicar as investigações.

“O governo Temer sufoca a Polícia Federal. Nem dinheiro para a emissão de um documento necessário como o passaporte”, escreveu o procurador. “Imagine como está a continuidade das diversas investigações pelo País”, emendou.

Em vez de aderir às sandices discursivas, o MPF deveria assumir que o objetivo maior do órgão no momento é apear Michel Temer do cargo, missão que tem como cavaleiro-mor o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que não mais consegue esconder seu desejo.

Não se trata de defender Temer e fechar os olhos para a corrupção que campeia na seara política, mas de combater o crime com base no que estabelece a legislação vigente. E a denúncia por corrupção passiva contra o presidente da República, apresentada por Janot, é motivo de piada até mesmo entre calouros do curso de Direito. Porém, como o Brasil é o reino do faz de conta, não causará estranheza se uma denúncia tão anoréxica em termos de provas prosperar.


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima deveria pedir licença do cargo e dedicar algum tempo aos estudos, pois órgãos públicos não podem ser geridos como o lupanar da esquina mais próxima. A Polícia Federal tem um orçamento, o qual deve ser cumprido à risca. No caso da suspensão da emissão de passaportes, por certo o governo federal fará um aporte de recursos para que o serviço seja restabelecido.

Em relação às investigações no escopo da Lava-Jato, o procurador deveria deixar de lado a hipocrisia e voltar no tempo para saber o que aconteceu por ocasião das primeiras denúncias acerca do maior esquema de corrupção da história da Humanidade. Em agosto de 2005, o editor do UCHO.INFO denunciou a existência de um esquema criminoso criado para substituir o malfadado Mensalão do PT, mas as autoridades preferiram ignorar nossos alertas.

Os anos se passaram e ao longo do tempo este portal insistiu em denunciar, sendo que o Ministério Público Federal só deu ouvidos ao caos em janeiro de 2009, quando o editor, em companhia do empresário Hermes Magnus – atualmente exilado – detalharam às autoridades o esquema criminoso. Antes disso, procuradores simplesmente torciam o nariz diante das denúncias.

Isso significa que não há no Ministério Público Federal, na Polícia Federal e no Judiciário uma só pessoa com condições de bater no peito e requisitar para si a fantasia de salvador da pátria. Aliás, no momento em que investigadores tornam-se celebridades, com direito a entrevistas descabidas e palestras questionáveis, é porque há algo de podre na Botocúndia.

Investigar é preciso, acabar com a corrupção é mais do que necessário. Contudo, querer preparar o terreno para o retorno da esquerda na base do falso moralismo é estratégia equivocada, que certamente não encontrará espaço neste noticioso.

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