Responsável pelo período mais corrupto da história brasileira, o petista Luiz Inácio da Silva continua sendo um poço de mistérios, ao mesmo tempo em que abusa da “vitimização” para tentar escapar das consequências do Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade.
Condenado a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, na ação penal que tem como ementa o polêmico apartamento triplex no Guarujá, no litoral paulista, Lula insiste em criticar a sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro, que determinou o confisco de R$ 10 milhões em espécie e bens, como forma de ressarcir o prejuízo causado à Petrobras (R$ 16 milhões).
Nesta quarta-feira (19), cumprindo determinação de Moro, o Banco Central efetuou o bloqueio de pouco mais de R$ 606 mil nas contas bancárias de Lula, o que mostra que a declaração do petista de que a “senzala” deve retornar ao poder não lhe cabe, pois somente os senhores da “casa grande” têm esse dinheiro no banco.
Lula é um gazeteiro profissional e a ele resta abusar dessa competência (sic) para pavimentar o caminho de uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. Mesmo assim, as recentes pesquisas mostram não apenas que o petista-mor tem os costumeiros 30% de intenção de voto, o que não garante uma possível eleição, mas principalmente que a maioria da opinião pública o associa à roubalheira sistêmica que devastou o País.
Não obstante, causa espécie o fato de as contas bancárias de Lula terem sido contempladas pelo chamado “milagre da multiplicação”. Em recente depoimento à Justiça, quando arguido sobre seus rendimentos, o ex-presidente afirmou, em Juízo, que percebe mensalmente por volta de R$ 30 mil.
Pois bem, se Lula recebe R$ 30 mil mensais, de acordo com suas próprias palavras, e tem despesas básicas e recorrentes como qualquer brasileiro, há um flagrante desencontro de números nessa contabilidade. É verdade que um reduzido número de brasileiros recebe salário nesse valor, mas com tal rendimento é impossível pagar os compromissos inerentes à subsistência e honrar os honorários de advogados caros, alguns deles renomados.
Contratar o conceituado criminalista José Roberto Batochio é privilégio de poucos e exige boa quantidade de dinheiro no banco para, pelo menos, viabilizar a defesa. No âmbito da Operação Lava-Jato, considerando os crimes cometidos pelos corruptos e a complexidade dos processos, a contratação de um criminalista de “primeira linha” não sai por menos de R$ 5 milhões.
Como se fosse pouco, Lula contratou o advogado australiano Geoffrey Robertson, especialista em direitos humanos e com elegante escritório em Londres. Robertson representa Lula no Comitê de Direitos Humanos da ONU, com sede na belíssima e cara Genebra, na Suíça. Tomando por base que na Suíça um suco de laranja em um “coffee shop” custa o equivalente a R$ 40, não é difícil imaginar quanto o ex-metalúrgico terá de desembolsar para tentar provar que é vítima de perseguição política e caçada judicial. Resumindo, Lula precisa provar como consegue pagar os advogados que o defendem.