A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR), conhecida como “Amante” e “Coxa” nas planilhas de propina das empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato, é ré por corrupção em ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Na fase em que se encontra o processo, chegou o momento de as testemunhas serem ouvidas pela Justiça.
Uma das testemunhas de defesa arroladas por Gleisi Helena é a “companheira” Dilma Vana Rousseff, ex-presidente da República, que prestará depoimento na sexta-feira (28). E como já é esperado, Dilma dirá em juízo que desconhece qualquer ato ilícito de sua ex-comandada e que a mesma tem currículo ilibado.
A atual presidente dos petistas é acusada de ter recebido, juntamente com seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), R$ 1 milhão para reforçar o caixa de sua campanha ao Senado, em 2010. O dinheiro seria proveniente do esquema de corrupção na Petrobras.
Essa é a primeira ação penal que tem Gleisi Hoffmann como ré e que está em curso no STF, mas a senadora é investigada por duas operações da Polícia Federal e foi acusada de corrupção por sete delatores da Lava-Jato.
Hoffmann tornou-se ré por corrupção em setembro de 2016 e, desde então, sempre defendeu sua inocência. Ministra-chefe da Casa Civil da Presidência entre 2011 e 2014 (governo Dilma), a atual senadora foi uma das principais defensoras da ex-presidente no processo de impeachment.
Na mesma ação penal, prestou depoimento na última terça-feira (25), na condição de testemunha de defesa, a ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em audiência que durou cerca de trinta minutos. Na próxima segunda-feira (31), prestará depoimento no mesmo processo o petista José Sérgio Gabrielli de Azevedo, também ex-presidente da estatal petrolífera.