Diante de nó na economia, governo anuncia contingenciamento de R$ 5,9 bi; PAC terá bloqueio de R$ 5,2 bi

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (27) o contingenciamento de R$ 5,9 bilhões e o remanejamento de R$ 2,2 bilhões do Orçamento deste ano. Com essa decisão, chega a R$ 44,9 bilhões o total de verbas bloqueadas para 2017.

O corte atinge principalmente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que perderá, ao todo, R$ 7,48 bilhões, sendo R$ 5,2 bilhões que serão contingenciados e R$ 2,2 bilhões que serão realocados para outros órgãos e áreas considerados essenciais – como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o sistema de controle do espaço aéreo e o combate ao trabalho escravo.

O restante da verba contingenciada refere-se a emendas impositivas de bancada (R$ 214,3 milhões), emendas impositivas individuais (R$ 426,2 milhões) e recursos do Legislativo e do Judiciário (R$ 7,4 milhões).

O corte foi necessário para repor a queda na expectativa total de arrecadação, anunciada na ultima sexta-feira (21), que passou de R$ 1,386 trilhão para R$ 1,380 trilhão.


Havia a expectativa de que o corte fosse menor, devido à possibilidade de entrada de receitas extraordinárias. Contudo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que não foi possível fazer as avaliações necessárias, já que o prazo para o anúncio do contingenciamento termina amanhã (28).

A decisão é mais um ingrediente para turbinar a impopularidade do presidente Michel Temer, que errou sobremaneira ao revelar à população a extensão e a peçonha da herança maldita deixada pelo PT. Por mais que notícias como essa sejam impactantes, não há como fugir à realidade e imaginar que a mudança de um governante é suficiente para solucionar uma crise econômica sem precedentes na história nacional.

Ainda no primeiro governo de Dilma Rousseff, o UCHO.INFO começou a alertar os leitores para o perigo que representava a decisão do governo de dar continuidade à irresponsável política econômica adotada por Lula, que reduziu alíquotas do IPI como forma de impulsionar o consumo e estimular o crescimento econômico.

Resumindo, o que foi “vendido” à opinião pública como sendo voo panorâmico de condor acabou como voo de galinha manca. O estrago produzido pelo PT na economia exigirá dos brasileiros décadas de esforço continuado para recuperar o status anterior.

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