Estridentes defensores do “Fora, Temer”, petistas Maria do Rosário e Carlos Zarattini são alvos da Lava-Jato

O Brasil vive a mais grave crise econômica da sua história, mas isso não importa para os principais veículos da chamada grande imprensa. Quando a então presidente Dilma Rousseff cometia uma série de sandices na economia do País, esses mesmos órgãos midiáticos se dedicavam a noticiar o País de Alice, como se em algum momento a verdade não fosse aparecer.

Com a crise econômica ganhando reforço extra por causa de um cenário político instável e conturbado, com situação e oposição travando uma queda de braços nauseante, os brasileiros passaram a viver aos sobressaltos, pois a cada dia surge um escândalo novo ou um desdobramento de outro já conhecido.

Na esteira da Operação Lava-jato, que desvendou o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, a imprensa, como um todo, acostumou-se à usina de escândalos em que se transformou o País, que por sua vez garantiu uma catapulta de manchetes fáceis e retumbantes.

A bola da vez para a grande mídia e a deposição do presidente Michel Temer, como se uma denúncia fraca em termos probatórios pudesse mandar uma nação pelos ares. Como temos afirmado ao longo dos anos, não nos cabe o papel de defender esse ou aquele político corrupto, mas de exercer o jornalismo de com responsabilidade, isenção e seriedade, sempre pensando no Brasil e nos brasileiros.

Longe de omitir informações ou camuflar notícias, mas de ser fiel à verdade dos fatos ao conjunto legal vigente, não se pode distorcer os fatos para atender os interesses de grupos econômicos. Contudo, o que se viu nas últimas semanas foi uma pauta jornalística centrada apenas na derrubada de Michel Temer, não importando o fato de que muitos dos que defendiam a sua deposição também são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes.


Antes, durante e depois da votação da denúncia contra o presidente da República, alguns oposicionistas puxaram o coro “Fora, Temer”, dentre eles os estridentes e incoerentes petistas Maria do Rosário (RS) e Carlos Zarattini (SP), líder do PT na Câmara dos Deputados.

A gaúcha Maria do Rosário, conhecida por discursos radicais na direção do esquerdismo, é investigada no âmbito da Operação Lava-Jato, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter recebido R$ 150 mil da Odebrecht por meio da caixa 2, em 2010. De acordo com o delator Alexandrino de Alencar, executivo da empreiteira, o pagamento foi feito pelo Departamento de Operações Estruturadas, setor de propinas da empresa. Maria do Rosário era identificada no setor pelo codinome “Solução”.

O líder petista Carlos Zarattini também é investigado na Lava-Jato por suspeita de receber pagamentos indevidos em 2010 e 2012, conforme consta em dois inquéritos autorizados pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Zarattini teria recebido R$ 50 mil da Odebrecht para campanhas eleitorais em 2010, além de ter supostamente se beneficiado, juntamente com o “companheiro” Cândidato Vacarezza, de pagamentos da ordem de R$ 5 milhões, feitos pela Odebrecht. O montante, segundo delatores, era parte de um crédito de R$ 27 milhões em benefício do PT.

Alguém há de dizer que Maria do Rosário e Zarattini estão por enquanto na condição de investigados, mas é preciso isonomia não apenas na seara do Judiciário, mas também e principalmente do jornalismo, pois é inaceitável que investigados por corrupção e integrantes do partido responsável pelo período mais corrupto da história brasileira participem de um movimento que defende a queda de um político alvo de denúncia no mínimo nada convincente até então.

Quando o UCHO.INFO afirma que está em marcha uma manobra para viabilizar o retorno da esquerda colérica e criminosa ao poder, não se trata de retórica, mas de constatação dos fatos. As denúncias contra os dois petistas são mais antigas, mas a Procuradoria-Geral da República preferiu dar vazão à premiadíssima delação dos irmãos Batista, donos da JBS, que seriam condenados a mais de 300 anos de prisão não fosse uma gravação suspeita em termos técnicos e questionável no âmbito legal.

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