O ponto mais relevante da reforma trabalhista, cujas regras entraram em vigor em novembro próximo, é sem dúvida o fim do imposto sindical, uma aberração da era Vargas que serve apenas para encher os bolsos de pelegos profissionais a serviço da esquerda bandoleira.
Com a extinção da mamata, sindicalistas entraram na espiral do desespero porque terão de fazer algo que há muito não fazem: trabalhar. Até então, os dirigentes sindicais usavam mantras esquerdistas e o discurso fácil em prol dos trabalhadores como forma de manter em funcionamento uma cornucópia criminosa.
É preciso estar atento para a movimentação de duas das maiores centrais sindicais do País, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força Sindical, que defendem que de 6% a 13% do salário mensal do trabalhador sejam destinados anualmente ao financiamento das entidades. Atualmente, o imposto é de 4,5% sobre o salário do trabalhador, que paga para uma camarilha que não trabalha.
Compulsória, a contribuição passará a ser optativa, mas dependendo da negociação entre sindicatos e os trabalhadores poderá ser obrigatória. O que certamente acabará nos tribunais, pois pelas novas regras ninguém é obrigado a bancar a bandalheira em que se transformou o movimento sindical.
Além das absurdas alíquotas pleiteadas pelos sindicalistas, o perigo maior está na conjunção da contribuição sindical com as regras que constam da reforma política, em tramite no Congresso Nacional e que precisa ser aprovada nas próximas semanas para valer nas eleições de 2018.
Entre os pontos polêmicos que constam do projeto de reforma política, preocupa a regra que permite a revogação de um mandato eletivo por meio de iniciativa popular. O brasileiro não está preparado para esse tipo de situação, especialmente porque a população nacional continua existindo na condição de massa de manobra do esquerdismo criminoso. Tal proposta é adequada para países chamados de primeiro mundo e, mesmo assim, somente àqueles cuja população tem nível intelectual acima da média, responsabilidade cívica e consciência política.
O perigo, como mencionado acima, está no financiamento das centrais sindicais e a possibilidade de revogação de um mandato por iniciativa popular. Isso significa que a junção de duas ou três centrais sindicais é suficiente para mandar o País pelos ares a torto e a direito, abrindo caminho cada vez mais largo para o retorno da esquerda delinquente ao poder.
Faz-se necessário redobrar a atenção, pois se na política inexistem coincidência, na esquerda muito menos. Aliás, gostem ou não os antiesquerdistas, a esquerda trabalhou quase silenciosamente durante anos, enfrentando todas as manifestações contrárias, mas conseguiu o aparelhamento do Estado, uma das maiores chagas do País.