A queda de braços entre a Pyongyang e Washington, marcada por ameaças de parte a parte, continua preocupando o planeta, em especial os países vizinhos à Coreia do Norte.
Enquanto o palavrório ameaçador cruza o Oceano Pacífico nas duas mãos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11), em mensagem publicada no Twitter, que uma solução militar para atacar o regime do ditador Kim Jong-un já está pronta. Contudo, o mandatário ianque descartou um ataque imediato.
“Se a Coreia do Norte atuar imprudentemente, as soluções militares estão definidas e [as armas] estão carregadas”, escreveu o presidente dos EUA. “Espero que Kim Jong Un encontre outro caminho!”, completou.
Após mais um capítulo da escalada de tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte, Donald Trump foi ponderado em sua postagem, ao afirmar que um plano de ação está pronto, mas descartado no momento. O que mostra ser a estratégia norte-americana pouco confiável, talvez seja mais uma parolagem “trumpista”.
O presidente americano disse no começo da semana que responderia à Coreia do Norte com fogo e fúria, caso o país decidisse atacar os Estados Unidos. As declarações foram dadas dois dias após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciar sanções econômicas ao país asiático presidido por Kim Jong -un.
Em seguida, o governo norte-coreano anunciou que estava examinando um plano de ataque à Ilha de Guam, território norte-americano no Oceano Pacífico, à leste das Filipinas.
Donald Trump recebeu críticas internamente e da comunidade internacional pelas declarações de terça-feira. O tom provocativo utilizado por ele, foi classificado pela imprensa e analistas da diplomacia mundial como, impulsiva e imponderada.
Na quinta-feira (10), em novas declarações, Donald Trump, que goza férias em um campo de golfe de sua propriedade, manteve a postura rígida em relação a Pyongyang ao dizer que “talvez a expressão fogo e fúria [utilizada anteriormente] não tenha sido forte o suficiente”. O inquilino da Casa Branca reafirmou que o país sofrerá vexatória derrota se “persistir em suas aventuras militares e pressões extremas”.
O presidente dos EUA afirmou, entretanto, que não discutirá um ataque preventivo à Coreia do Norte. “Nós não falamos sobre isso. Não fazemos isso”, disse.
A China e a Alemanha defenderam a busca do diálogo entre as partes e o fim das provocações. E além do discurso um pouco mais ameno de Trump hoje pelo Twitter, EUA e Coreia acertaram dialogar antes de tomar uma atitude contra a Coreia do Norte. (Com ABr)
