Citada nas planilhas de propina das empreiteiras do Petrolão sob os sugestivos codinomes “Coxa” e “Amante” – este último rendeu constrangimentos no lar –, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR), presidente do Partido dos Trabalhadores, vive um momento de ambiguidade em termos políticos. Tal cenário mostra que a petista bamboleia sobre movimento ciclotímico que mescla escândalos de corrupção e radicalismo ideológico.
Estampando a capa da mais recente edição da revista IstoÉ, onde aparece ostentando uma boina semelhante às usadas pelos “camaradas” bolivarianos, Gleisi é tratada pela publicação semanal alvo de ações penais e investigações sobre corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava-Jato, o que pode lhe custar o mandato ou até mesmo a inelegibilidade, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela condenação da parlamentar paranaense.
Ré por corrupção em ação penal que tramita no STF, Gleisi Helena – juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), e o empresário curitibano Ernesto Kugler Rodrigues – é acusada de receber de R$ 1 milhão em propina do esquema criminoso que durante uma década funcionou de forma deliberada na Petrobras. Gleisi foi acusada de corrupção por pelo menos sete delatores da Operação Lava-Jato.
Recentemente, a Polícia Federal encerrou inquérito no escopo da Lava-Jato e concluiu que Gleisi Hoffmann também recebeu propina no valor de R$ 4,5 milhões paga pela Construtora Norberto Odbrecht. De acordo com as investigações, a empreiteira teria recebido, através de terceiros, oito pagamentos no valor de R$ 500 mil cada. Os repasses estavam registrados em planilha apreendida com uma funcionária do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, nome pomposo dado ao departamento de propinas da empresa.
As investigações apontam que recursos ilícitos foram repassados a um dos sócios da empresa de marketing que prestou serviços à campanha de Gleisi Helena na campanha de 2014. Em nota, a PF afirma também que foram encontrados mais três repasses à mesma empresa: um de R$ 150 mil em 2008 e dois de R$ 150 mil em 2010. O que totaliza R$ 4.450.000,00 em propina.
A presidente dos petistas também é investigada pela Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, que desvendou esquema criminoso, comandado por Paulo Bernardo que, segundo as autoridades, subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados por meio do sistema Consist. Parte dos recursos desviados teria quitado despesas da senadora paranaense, inclusive o salário do seu motorista, em Curitiba.
As acusações de corrupção parecem não preocupar a cúpula petista, mas a guinada de Gleisi em direção ao radicalismo criminoso e sanguinário do venezuelano Nicolás Maduro vem tirando o sono de muitos “companheiros”, que veem na postura da senadora uma ameaça constante ao partido. Essa preocupação em relação ao radicalismo da senadora é facilmente explicada pelo fato de que muitos esquerdistas, que vinham apostando no radicalismo como senha para o ressurgimento político, deram-se conta de que tal estratégia pode ter efeito negativo. Ou seja, afundar ainda mais a esquerda brasileira, uma vez que apenas a militância acredita nesse comportamento utópico e rançoso.
Contudo, o assunto que mais tira a concentração de Gleisi Helena é o escândalo envolvendo o pedófilo petista Eduardo Gaievski, condenado a mais de cem anos de prisão por estupro de vulneráveis, sendo que a maioria dos crimes foi cometida enquanto o monstro sexual estava prefeito de Realeza, no interior do Paraná. Segundo as acusações, Gaievski trocava cargos na prefeitura pelo direito de violentar meninas indefesas.
Então ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi nomeou o amigo Eduardo Cargo Gaievski a cargo de confiança na pasta, mesmo sabendo da perversão sexual e hedionda do indicado à vaga de assessor especial. O delinquente recebeu de Gleisi a incumbência de cuidar dos programas federais destinados a crianças e adolescentes, tudo no melhor estilo “urso faminto e o pote de mel”.
Acostumada a processar jornalistas como forma de intimidar os profissionais de imprensa que lhe dedicam críticas, Gleisi Helena começa a ver o cerco midiático a fechar-se no seu entorno, papel que até então cabia apenas ao UCHO.INFO, que não se rendeu às ameaças e intimidações da senadora paranaense. Para quem um dia sonhou em substituir a “companheira” Dilma Rousseff no comando do País, Gleisi é simplesmente um espanto.