Em vez de adotar silêncio obsequioso, Aécio Neves continua esperneando e arruinando o PSDB

(Divulgação)

O Brasil jamais alcançou tamanha degradação em termos políticos, como no período desde Lula até os dias atuais. Com escândalos de corrupção eclodindo em todos os cantos e mandando partidos políticos pelos ares, as eleições do próximo ano tornaram-se motivo de preocupação para os brasileiros de bem.

Sem ter, pelo menos por enquanto, em que apostar para conduzir os destinos do País, os brasileiros estão à espera de um “salvador da pátria”, receita perigosa e causa calafrios em que viveu tempos não tão distantes.

Afundando cada vez mais o PSDB, partido que perdeu a confiança de boa parte do eleitorado nacional, o enrolado senador Aécio Neves (MG), que continua como presidente licenciado da legenda, disse no final de semana que uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck à Presidência da República representa a falência da política.

Na verdade, se há alguém com currículo à altura para representar a falência da política brasileira, esse certamente é Aécio Neves, que fez durante anos a fio o que sempre condenou na era petista. Participou de esquemas criminosos enquanto escondia-se atrás de um mandato eletivo. Em suma, petistas e tucanos mostraram ser irmãos xifópagos separados ainda no berço.


Falar em falência da política apenas porque um outsider desponta como eventual candidato é sinal de desespero de Aécio Neves e seus quejandos, que não mais sabem o que fazer para salvar o que não tem salvação. Se durante a era petista o tucanato não teve capacidade de fazer oposição ao Palácio do Planalto, não será agora, com discursos recheados de falsa moralidade, que o partido tentará convencer a opinião pública de que é a salvação do Brasil.

Diante da realidade atual da política brasileira, o UCHO.INFO mantém a opinião de que o próximo presidente da República será alguém que não tenha a política como profissão, mas que consiga transitar no meio político com doses rasas de destreza, pois do contrário o País continuará flertando com o caos.

A falta de um pré-candidato de centro e com proposta minimamente razoável serve para alimentar os extremistas da direita e da esquerda. E que ninguém ouse erguer a bandeira desse ou daquele movimento, porque ortodoxismo é assustador e pode afrontar a democracia.

O eventual surgimento de um outsider pode ser o preço que a democracia terá de pagar para avançar na rota do amadurecimento – a democracia brasileira ainda é jovem –, mas é importante que esse candidato fora do meio político seja uma novidade baseada pelo menos na responsabilidade.

Luciano Huck já sentou-se na “namoradeira” para conversar com o PPS, que, diga-se de passagem, não é um partido político que representa o novo. Aliás, o Partido Popular Socialista é o velho PCB, que hoje segue a cartilha do deputado federal Roberto Freire (SP). Nada contra Freire, pelo contrário, mas o Brasil está a clamar por renovação.

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